Coronel do Exército Bernardo Romão é preso pela PF em aeroporto de Brasília

Coronel do Exército Bernardo Romão é preso pela PF em aeroporto de Brasília

Militar, alvo da operação que investiga suposta tentativa de golpe, foi detido ao voltar de viagem dos Estados Unidos

R7

Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis

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A Polícia Federal (PF) prendeu, na madrugada deste domingo (11), o coronel Bernardo Romão Correa Neto quando ele desembarcou dos Estados Unidos no Aeroporto de Brasília. Correa Neto é alvo de um mandado de prisão preventiva decretado pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes — outras três pessoas, incluindo um major do Exército, já tinham sido detidos na Operação Tempus Veritatis. A informação foi confirmada pelo STF ao R7. O coronel, que está no Batalhão da Guarda Presidencial, passou por audiência de custódia às 11h e continuou preso.

No entanto, foi audiência só com o juiz. Ainda vai haver uma decisão do ministro Alexandre de Moraes a respeito da prisão, que anda não tem data para acontecer.

A reportagem tenta contato com a defesa do militar. Segundo informações, ele foi recebido no aeroporto nesta madrugada pela Polícia Federal. O militar é investigado pela Polícia Federal por suposto envolvimento nos crimes de tentativa de golpe de Estado e de abolição do Estado democrático de direito.

Na última semana, a operação da PF que investiga o caso prendeu o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, além de outras duas pessoas que também tiveram a prisão preventiva decretada e o cumprimento de 33 mandados de busca e apreensão em nove estados e no Distrito Federal.

Segundo a PF, inicialmente, 16 militares são investigados por pelo menos três formas de atuação. A primeira é a produção, divulgação e amplificação de notícias falsas quanto à segurança das eleições de 2022 para estimular seguidores a permanecerem na frente de quartéis e instalações das Forças Armadas.

O segundo ponto de atuação dos militares investigados pela PF seria de apoio às ações golpistas, reuniões e planejamento para manter os atos em frente aos quartéis, incluindo mobilização, logística e financiamento para auxiliar os manifestantes.

Havia ainda o "Núcleo de Inteligência Paralela", que seria formado pelos militares Augusto Heleno, Marcelo Camara e Mauro Cid. Esse grupo faria a coleta de dados e informações que auxiliassem a tomada de decisões do então presidente da República na consumação do golpe.

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