Cpers realiza manifestação para lembrar a repressão do governo contra os professores

Cpers realiza manifestação para lembrar a repressão do governo contra os professores

Segundo a presidente do sindicato, polícia que utilizou medidas desnecessárias há 30 dias contra os educadores

Henrique Massaro

Cpers realiza manifestação para lembrar a repressão do governo contra os professores

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Os dias de intensos protestos na Praça da Matriz, em Porto Alegre, no final de 2016 se repetiram na manhã e tarde desta sexta-feira. O ato intitulado “Não esqueceremos - Todas e todos na Matriz”, teve o objetivo de lembrar a repressão por parte do governo do estado, através da Brigada Militar (BM), as manifestações ocorridas exatamente um mês antes. Chamado pelo Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers/Sindicato), o ato contou com a participação de professores, funcionários das fundações excluídas pelo pacote de medidas do governador José Ivo Sartori e demais servidores do Estado.

“Nós temos um governo que reprime”, explicou a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Schürer, sobre a visão que os manifestantes têm sobre como é tratado seu direito de protestar. A lembrança que fica de 30 dias atrás, segundo ela, é de uma polícia que utilizou medidas desnecessárias. Helenir recordou que foram pelo menos 12 bombas de efeito moral e um helicóptero que sobrevoava a Praça da Matriz com um policial apontando uma metralhadora para o público.



Ao falar sobre isso, a presidente do Cpers ironizou ao indagar que perigo professores podem representar para receberem um tratamento como este. “Nós ensinamos a pensar. Essa é a nossa arma”, concluiu. Mas nem somente de lembranças às ações do Estado através da polícia foi marcado o ato de ontem. Ainda foi o momento de protestar quanto a aprovação das medidas do pacote e quanto ao governo do Estado de maneira geral.

As palavras ‘traidor’ e ‘traidora’ foram estampadas em cartazes impressos com as fotos do governador, do vice-governador José Paulo Cairoli, e da presidente da Assembleia Legislativa, deputada Silvana Covatti. Os manifestantes emolduraram as fotografias e as expuseram em frente ao Palácio Piratini. Na sequência, atiraram tinta nas imagens.

A reportagem tentou contato com a Brigada Militar, mas a entidade não quis se manifestar até o fechamento desta edição.

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