CPI da Previdência deve ser instalada na próxima quarta, diz Paim
Senador anunciou que conseguiu assinaturas necessárias para abertura da comissão
publicidade
A intenção é que na semana que vem a CPI da Previdência seja instaurada. "Na segunda tenho reunião com os líderes para ver se na quarta-feira já tenhamos a escolha do presidente da comissão e o relator", declarou.
Segundo Paim, a CPI terá como objetivo a investigação em empresas que não realizaram o pagamento da previdência social. "A CPI tem como objetivo demonstrar que a previdência brasileira é viável. Vamos ver quem está sonegando, quem são os grandes devedores, onde está a fraude, a corrupção. Vamos ver, por exemplo, por que não cobram o R$ 1 bilhão, que nos últimos quatro anos, que o setor do grande empresariado não pagou na previdência. Nós vamos chamar os empresários para fazer as devidas cobranças", explicou.
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi um dos que defenderam a instalação da comissão no plenário, conforme informou Paim. "Renan fez uma fala no plenário defendendo a CPI, dizendo que esta reforma da Previdência como está, não tem chance nenhuma que seja aprovada", comentou. "O problema interno do governo é que ele exagerou na maldade. Nenhum governo eleito, se pegar Sarney, Collor, Itamar, Fernando Henrique, ou Lula ou Dilma, nenhum atacou de forma tão violenta os direitos dos trabalhadores", relatou.
Em consequência às reformas da Previdência e Trabalhista que devem entrar em votação no próximo mês, Paim defendeu que o povo brasileiro se manifeste nas ruas contra estas mudanças. "A população acordou. Eles estão vendo o que significa estas reformas. Estão mobilizando um grande movimento no dia 28, que é uma greve geral, contra o governo e suas reformas", disse. A nossa posição é continuar fazendo uma grande mobilização, e aqui não é ideológico, se é partidário ou não, é em defesa da previdência e do direito do trabalhador, pra que o governo recue nestas propostas", citou. "Ele já recuou em parte, mas ainda é muito pouco, perto do número de maldades que ele botou tanto na reforma trabalhista como na previdência", encerrou.