Crise na Saúde gera debate na Assembleia
Deputados da oposição e da base aliada defendem mais verbas a hospitais
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Vice-líder do PDT na atual legislatura e secretário da Saúde na gestão do petista Tarso Genro, o deputado Ciro Simoni analisou que será “impossível” para as Santas Casas e os hospitais filantrópicos (são 245 no RS) manterem suas operações com o corte no custeio promovido pelo governo estadual. “Há muito tempo que o SUS remunera essas instituições com volume de recursos aquém do necessário. O Estado vinha acrescendo um valor de cerca de R$ 300 milhões ao ano para ampliar o atendimento de média complexidade, o que reequilibrava um pouco as finanças dos hospitais. Com o corte desse investimento, será impossível para os hospitais manterem suas estruturas. O governador precisa fazer um grande esforço e reavaliar esta questão”, avaliou Ciro, que é integrante da base governista.
A deputada Liziane Bayer (PSB), também integrante da base e da Mesa Diretora, concorda com Simoni. “O governo vai ter que repensar esse tema. Saúde é prioridade dentre todas as prioridades”, comentou. Oposicionista, Juliano Roso (PCdoB), comentou que o cenário de precariedade se desenhava desde os primeiros dias do governo. “Sabíamos que essa conversa de cortar custeio sem impacto na vida do cidadão morreria no discurso”, pontuou.
O presidente da Frente Parlamentar afirmou que vem tentando levar o secretário de Saúde, João Gabbardo (PMDB) e até mesmo o governador José Ivo Sartori para debates. “Eles têm sido convidados para ouvir e serem ouvidos nos foros de debate, mas nenhum deles atende aos convites.” Conforme Santini, a estratégia que deverá ser adotada será a de convocar Gabbardo para dar explicações para a Comissão da Saúde. “Estamos fechando o primeiro quadrimestre de governo. Já passou a hora darem respostas à sociedade”, concluiu Santini.