Defesa de Lula declara que Moro não poderia ter adiado interrogatório por causa das eleições

Defesa de Lula declara que Moro não poderia ter adiado interrogatório por causa das eleições

Ex-presidente irá prestar esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em novembro

AE

Ex-presidente irá prestar esclarecimentos sobre o sítio de Atibaia em novembro

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Após o juiz Sérgio Moro mudar a data do interrogatório do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a defesa do petista se manifestou afirmando que um processo criminal não poderia ter o calendário orientado pelas eleições.

Nesta quarta-feira, Moro decidiu adiar a data do interrogatório do ex-presidente e de outros 12 réus na ação do sítio de Atibaia. As audiências estavam marcadas para datas entre 27 de agosto e 11 de setembro. Os interrogatórios agora devem ocorrer entre 5 e 14 de novembro.

O magistrado da Operação Lava Jato afirmou que a alteração tem por objetivo "evitar a exploração eleitoral dos interrogatórios". Para a defesa, no entanto, a medida do juiz reforçaria a tese do petista de que está sendo julgado pela Lava Jato com base na questão eleitoral.

Nesta quarta, o PT deve registrar Lula como candidato à Presidência. "Um processo criminal jamais poderia ter seus atos orientados pelo calendário eleitoral. A mudança das datas dos depoimentos, porém, mostra que a questão eleitoral sempre esteve e está presente nas ações contra o ex-presidente Lula que tramitam em Curitiba", diz a nota assinada pelo criminalista Cristiano Zanin Martins, que defende Lula na Lava Jato.

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