Delatores denunciam suposto caixa 2 a presidente da Câmara
Maia é citado como integrante de um grupo de deputados que teria ajudado empresas em troca de doações não contabilizadas
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Em um inquérito, Maia é citado como integrante de um grupo de deputados que teria ajudado, em troca de doações não contabilizadas, a Braskem (empresa do setor petroquímico pertencente à Odebrecht) com alterações no texto da Medida Provisória 613/2013, que tratava de benefícios fiscais a produtores de etanol por meio da redução de PIS/Pasep e Cofins. O delator Cláudio Melo Filho, que era funcionário do "departamento de propinas" da Odebrecht, disse que, por supostamente ajudar com essa MP que beneficiaria a Braskem, "Botafogo" recebeu R$ 100 mil em 2013, por meio de caixa 2.
Em outro inquérito contra o presidente da Câmara dos Deputados, o mesmo delator relatou ter indicado pagamentos de R$ 350 mil, em 2008, quando Maia se candidatou, sem sucesso, à prefeitura do Rio, e R$ 600 mil em 2010, em sua campanha a deputado federal.
A Polícia Federal chegou a identificar mensagens de celular entre Maia e o empreiteiro Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, que apontavam supostas propinas de R$ 1 milhão. Segundo inquérito da PF, em troca dos valores, o parlamentar teria defendido interesses da empreiteira no Congresso, entre 2013 e 2014. Maia, que nega as acusações, classificou as investigações, à época em que foram reveladas, de "um absurdo".