Deputado sugere novas alterações na Lei Kiss por falta de efetivo de bombeiros

Deputado sugere novas alterações na Lei Kiss por falta de efetivo de bombeiros

Texto propõe dispensar fiscalizações em estabelecimentos com até 100m²

Voltaire Porto / Rádio Guaíba

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O deputado Bombeiro Bianchini (PPL) quer desburocratizar a lei estadual de incêndio, a chamada Lei Kiss, por entender não existir efetivo suficiente no Corpo de Bombeiros para cumprir as demandas estabelecidas pelo texto. O parlamentar também entende que algumas exigências envolvem custos considerados elevados para muitos empreendedores. Os gastos se referem, sobretudo, a contratações para elaborar planos de prevenção a incêndios.

A ideia é dispensar das fiscalizações estabelecimentos com até 100m², a fim de que passem por apenas uma vistoria, com os proprietários recebendo orientações sobre a instalação dos equipamentos de segurança necessários. Ele esclareceu que, nesse grupo, estão mini-mercados e fruteiras, por exemplo, onde o risco de incêndio é menor.

Bianchini também propõe que estabelecimentos com até 750m² sejam dispensados do Plano Simplificado de Proteção a Incêndio (PSPI), mas seja necessária a fiscalização completa por parte dos bombeiros. “São bem mais de 1 milhão de unidades no Rio Grande do Sul para serem analisadas e não há quadro de bombeiros no mundo capaz de fazer esse serviço. Nesse cenário que a legislação obriga existe um grande volume de demandas”, sustenta. O deputado fala ainda, que, sem um foco para que sejam priorizados os locais de risco, pode se repetir uma tragédia como a da boate de Santa Maria, que deixou 242 mortos e mais de 600 feridos em 2013.

O deputado ainda não protocolou o projeto e admite recuar da intenção caso o governo emita um norma técnica para suprir as deficiências e reverter o quadro.

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