Dilma discutirá aumentos de impostos com empresários

Dilma discutirá aumentos de impostos com empresários

Governo estuda possibilidades para reduzir déficit no Orçamento de 2016

Agência Brasil

Governo estuda possibilidades para reduzir déficit no Orçamento de 2016

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A presidente Dilma Rousseff continuará discutindo esta semana, inclusive com analistas e empresários, alternativas para reequilibrar o Orçamento e resolver o déficit de R$ 30,5 bilhões previsto na proposta orçamentária para 2016. Entre elas está a possibilidade de aumento de impostos. De acordo com o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, há várias propostas em discussão, cujas consequências precisam ser estudadas.

Segundo o ministro, são várias alternativas e várias propostas colocadas à mesa. Mercadante disse que o governo analisará todas, o que tem de positivo, o que tem de problema e onde impacta. "Se imposto fosse bom, não chamava imposto. Qualquer decisão é difícil. Temos de ver os impactos inflacionário e o do nível de atividade. Temos uma recessão e a política fiscal tem de avançar. Não podemos aceitar um déficit de 0,5% do PIB. Temos de avançar em direção à meta, que era + 0,7% do PIB, mas temos de encontrar um caminho que não penalize a economia mais do que está sendo penalizada", afirmou.

Conforme o ministro, além de melhorar receitas é preciso reduzir as despesas obrigatórias, já que os gastos que podem ser contingenciados representam menos de 10% do PIB. Mercadante acrescentou que Dilma fará consultas esta semana com analistas e empresários, a exemplo do que já fez semana passada. Após enviar a proposta orçamentária para 2016, a presidente declarou que a previsão do déficit representa transparência e não significa que o Executivo vá fugir das responsabilidades com as contas públicas.

O ministro evitou comentar as medidas em estudo, mas disse que poderão ser apenas provisórias visando a uma "transição fiscal". "Não vamos discutir o específico, porque todas as propostas têm virtudes e limites". Ele não estipulou uma data para a conclusão das conversas, mas repetiu a afirmação de Dilma Rousseff de que o governo enviará adendo à proposta do Orçamento.

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