Dimas Covas rebate Pazuello: "Seis meses para assinar o contrato"

Dimas Covas rebate Pazuello: "Seis meses para assinar o contrato"

Mais cedo, na CPI da Covid, ex-ministro disse que Bolsonaro jamais o obrigou a cancelar qualquer compra da Coronavac

R7

Covas rebateu declarações de Pazuello na CPI

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O diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, reagiu à declaração de Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde, que disse que o presidente Jair Bolsonaro jamais o obrigou a cancelar qualquer compra da Coronavac ou pediu para ele não dar andamento a essas aquisições. Em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, Covas afirmou que o governo demorou seis meses para assinar o contrato da compra do imunizante contra a Covid-19.

“Com relação à fala do Pazuello, ele é que tem que responder. Nós tivemos dificuldade na assinatura do contrato. Ele foi assinado em 7 de janeiro desse ano, sendo que a primeira proposta foi em julho do ano passado”, afirmou o diretor do Butantan, que prosseguiu: “É só fazer as contas: temos um pouco mais de seis meses e um contrato que não foi assinado [neste período], embora tenha sido proposto no meio do ano passado”.

Na coletiva, após o comentário de Dimas Covas, o governador João Doria (PSDB) também reagiu à fala de Pazuello e sugeriu que o ex-ministro estivesse com problemas de memória. “Recomendaria ao Eduardo Pazuello que tome fosfosol para melhorar um pouquinho sua memória. Aparentemente ele está com deficiência de memória”, ironizou.

Afirmação de Pazuello

Durante a CPI da Covid, no Senado Federal, Eduardo Pazuello afirmou nesta quarta que Bolsonaro não havia o obrigado a cancelar a compra das vacinas do Butantan. Segundo ele, o anúncio de compra foi um engano seu.

"Na reunião do dia 20, com todos os governadores, estávamos discutindo o Programa Nacional de Imunização (PNI) e a compra de vacinas. Eu tinha assinado no começo de outubro a carta de intenções com o Butantan de compra de 46 milhões de doses. Na verdade, não era um contrato, eu não tinha as disposições legais para fazer assinar ainda", disse Pazuello.

Segundo o ex-titular da pasta da Saúde, as disposições legais só foram dadas com uma medida provisória aprovada no início de 2021 pelo Congresso Nacional: "Não havia condições de negociar o contrato, mas nós vínhamos conversando com o Butantan."


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