Diretora da Precisa Medicamentos não presta juramento de dizer a verdade na CPI

Diretora da Precisa Medicamentos não presta juramento de dizer a verdade na CPI

Emanuela Medrades está protegida por habeas corpus e afirmou que ficará em silêncio na sessão desta terça

Correio do Povo

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Protegida por um habeas corpus que concede o direito de permanecer em silêncio, a diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, afirmou, logo no início da sessão desta terça-feira da CPI da Covid que irá fazer o uso da decisão e não prestou o juramento de dizer a verdade à Comissão. 

Durante a sessão, o presidente da Comissão, senador Omar Aziz (PSD-MA), e a senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA) comentaram que o habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal Fedeal (STF) para Emanuela só dá direito de ficar em silêncio em casos que a autoincriminem. "Ou seja, em outros (casos) que não dizem respeito a nenhuma ação que venha a incriminá-la, ela terá a necessidade de responder", afirmou Eliziane.

Apesar de ter a chance de ficar em silêncio em algumas perguntas, Emanuela foi obrigada a comparecer na CPI. Ela havia solicitado a retirada da obrigação, o que foi negado pelo STF.

Depoimento de William Santana 

Na sexta-feira (9), a CPI ouviu o consultor do Ministério da Saúde William Amorim Santana, que deu mais detalhes do acordo e disse que todas as suas conversas se davam com Emanuela.

O contrato de R$ 1,6 bilhão estabelecido entre o governo federal e a Precisa tornou-se alvo da CPI após denúncia do servidor do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e de seu irmão, o deputado federal Luís Miranda (DEM-DF), sobre irregularidades no acordo. 

A convocação da diretora da Precisa foi feita pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e aprovada pela CPI em 30 de junho, quando também foi aprovada a transferência de sigilo telefônico e telemático da convocada.


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