Diretora da Precisa muda versão sobre fatura e contradiz denúncia

Diretora da Precisa muda versão sobre fatura e contradiz denúncia

Emanuela diz que invoice, base de denúncia de irregularidades com a vacina Covaxin, foi enviada após data apontada por servidor

R7

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, mudou sua versão sobre o envio da invoices afirmando que a primeira comunicação se deu apenas no dia 22 de março

publicidade

A diretora técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, mudou sua versão sobre o envio da invoices (faturas para importação de produtos) ao Ministério da Saúde para o contrato da compra da vacina Covaxin pelo governo, afirmando que a primeira comunicação nesse sentido se deu apenas no dia 22 de março.

Naquela semana, antes de estouraram denúncias de supostas irregularidades no contrato, ela afirmou que havia enviado invoices no dia 18 de março.

A data é a mesma apontada pelo denunciante Luis Ricardo Miranda, que é chefe da divisão de importação no Departamento de Logística do Ministério da Saúde. Ele afirmou ao Ministério Público Federal (MPF) ter sofrido pressão anormal para liberar a importação da vacina. O imunizante é o mais caro entre os negociados pelo governo federal, e o contrato de R$ 1,6 bilhão já foi suspenso pelo governo.

A invoice que ele afirma ter recebido no dia 18, com pedidos como pagamento antecipado em nome de uma empresa intermediária não prevista no contrato e número menor de doses do que o previsto é base da denúncia e teria sido apresentada ao presidente Jair Bolsonaro em reunião dois dias depois, em 20 de março.

Nesta quarta, Emanuela Medrades afirmou que não foi "detalhista na questão das datas" no vídeo ao Senado. Ela diz desafiar Luis Ricardo Miranda e o consultor do Ministério da Saúde Willian Amorim Santana, que também aponta o dia 18 como data de envio da invoice, a provarem que ela está mentindo. Sugeriu ainda que seja feita uma acareação.


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895