Discussões sobre CPIs na educação deixam clima tenso na Câmara de Porto Alegre

Discussões sobre CPIs na educação deixam clima tenso na Câmara de Porto Alegre

O principal confronto em plenário envolveu os vereadores Jonas Reis e Cassiá Carpes

Rafael Renkovski*

Vereadores Jonas Reis (PT) e Cassiá Carpes (PP) discutem durante sessão plenária

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O período de lideranças da sessão desta quarta-feira, na Câmara de Porto Alegre, foi marcado por discussões acerca das supostas irregularidades na Secretaria Municipal de Educação (SMED), que motivaram o requerimento de dois pedidos de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) para a apuração dos casos, de autoria dos vereadores Idenir Cecchim (MDB) e Mari Pimentel (Novo), na última segunda-feira. 

Líder da oposição, Roberto Robaina (PSol) criticou a falta de posicionamento do governo do prefeito Sebastião Melo (MDB). "O governo colocou a secretária de educação (Sônia Maria Oliveira da Rosa) para fazer um 'papelão' de atacar as diretoras de escolas, como se as falcatruas fossem de responsabilidade das direções", disse. Ontem, Sônia esteve presente na Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Juventude (Cece) para prestar contas aos vereadores. 

Sobre a reunião na Cece, Jonas Reis (PT) direcionou a fala para a base do governo Melo, dizendo que "tinham mais vereadores do que na sessão de segunda-feira. Até o Cassiá Carpes (PP) estava lá".

Na sequência, o vereador progressista reforçou ter pedido, anteriormente, a presença da secretária da SMED no plenário para esclarecimentos aos parlamentares, e chamou o petista de "demagogo, charlatão e safado", gerando um embate acalorado entre os dois. 

O novo vice-líder do governo na Casa, vereador Moisés Barboza (PSDB), defendeu que existem "muitas condenações antecipadas, que resultam em injustiça ou desmoralização pública" e salientou que trabalhará e acompanhará as investigações.

Em consonância com a base governista, a vereadora Comandante Nádia (PP) questionou o motivo de 12 escolas não terem recebido a distribuição dos materiais pedagógicos, enquanto 98 instituições entregaram aos estudantes, dirigindo o recado às gestões escolares. 

Os pedidos de CPIs aguardam parecer da Procuradoria da Câmara para as suas instalações ou não.

*Supervisão Mauren Xavier


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