"Dnit não é 'feudo do PR'”, diz Pagot para senadores
Ex-diretor-geral do órgão defendeu que a maioria dos funcionários não é filiada a partidos
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Pagot também foi questionado pelos parlamentares sobre a constatação de superfaturamentos em obras rodoviárias sob a responsabilidade do Dnit. Segundo ele, os “ilícitos” em licitações, como sobrepreço, têm sido combatidos ano a ano pelo órgão.
O diretor apresentou aos senadores um demonstrativo das fiscalizações feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU), entre 2007 e 2009. Pagot respondeu ao senador Pedro Taques (PDT-MT), que apresentou uma série de relatórios do tribunal apontando irregularidades em obras executadas, desde sobrepreço até obstrução nas investigações.
Ele também destacou o crescimento do orçamento anual do Dnit, que pulou de R$ 4 bilhões para R$ 12 bilhões nos últimos dez anos. Mesmo com esse crescimento, Pagot afirmou que “o cobertor é curto” e o órgão não tem os recursos para fazer frente a todas as obras necessárias para acompanhar o crescimento da economia. “O Brasil cresce num ritmo maior do que a capacidade de investimento do Estado.”
Pagot disse que boa parte do aumento no custo das obras se deve aos órgãos licenciadores. “São custos pesados que, em algumas obras, representam 22%. Notadamente na Amazônia Legal e agora no Nordeste”. Ele disse que, em 2011, o País terá um aumento de custo de R$ 500 milhões só em exigências de adequação ambiental.