Doria critica Bolsonaro após demissão de Nelson Teich
Governador de São Paulo afirmou que "o Brasil acorda assustado diariamente com as crises diárias" provocadas pelo presidente da República
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O governador de São Paulo, João Doria, fez críticas ao presidente Jair Bolsonaro e lamentou a demissão do ministro da Saúde, Nelson Teich, nesta sexta-feira. Em discurso no Palácio dos Bandeirantes, Doria lembrou as crises que se instalaram antes da saída de outros ministros que integraram o governo Bolsonaro.
"O Brasil acorda assustado com as crises diárias por agressões gratuitas, agressões à democracia, agressões à Constituição, agressões às instituições, agressão ao Congresso Nacional, agressão ao Supremo Tribunal Federal, agressões à imprensa, agressões e xingamentos a jornalistas, agressões a ministros do seu próprio governo, como o senhor fez e continua a fazer. Fez com Gustavo Bebianno, fez com Santos Cruz, fez com Sérgio Moro, fez com Luiz Henrique Mandetta e agora fez também com Nelson Teich."
Para o governador, Teich, que permaneceu no cargo por menos de um mês, demonstrou "compromisso com a ciência e respeito ao isolamento (social)". Ele acrescentou que a demissão ocorre "pela desordenação do governo Bolsonaro".
Doria também cobrou que o sucessor de Nelson Teich "não incorra no grave erro de seguir orientações ideológicas, partidárias, pessoais ou familiares". "Um ministro da Saúde do Brasil deve proteger a saúde dos brasileiros e não proteger a individualidade da intenção deste ou daquele mandatário."
Ao presidente, João Doria mandou um recado:
"Presidente Bolsonaro, governe, administre o seu país com equilíbrio, com paz no coração, com compreensão, com discernimento e com grandeza. Pare com agressões, para com os conflitos, pare de colocar o país dentro de um caldeirão interminável de brigas e atritos. O país, para vencer a pandemia, precisa estar unido e precisa estar em paz."