Doria faz críticas à postura de Bolsonaro durante a pandemia

Doria faz críticas à postura de Bolsonaro durante a pandemia

Governador de São Paulo ironizou citação de “gripezinha” feita pelo presidente e fez referência às mais de 5 mil mortes pelo vírus país

R7

Governador de São Paulo dirigiu duras críticas ao presidente da República durante coletiva nesta quarta-feira

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O governador de São Paulo fez duras críticas nesta quarta-feira à postura do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia do novo coronavírus. Bolsonaro citou Doria esta manhã em conversa com jornalistas, em que comentou que São Paulo é o estado com mais mortes do país, mesmo com a adoção de medidas restritivas.

Doria pediu que o presidente assumisse postura solidária, que respeitasse brasileiros que o elegeram e também os que não o elegeram e os profissionais de saúde e o convidou a visitar hospitais de São Paulo ou visitasse hospitais do estado do Amazonas ou de Manaus, que vivem colapso no sistema de saúde. "Pare com essa política da perversidade. Pare de atrapalhar quem está lutando para salvar vidas. Pare de fazer política em meio a um país que chora mortes e infectados", declarou Doria.

"E agora diante de mais de 5 mil mortos, o senhor continua afirmando que o país  continua vivendo uma pandemia de uma gripezinha, de um resfriadozinho convido o senhor venha a São Paulo, saia da sua redoma de Brasilia e venha visitar comigo o Hospital das Clínicas, o hospital do M'Boi Mirim, os hospitais de campanha e venha ver a gripezinha o resfriadozinho, venha ver as pessoas agonizando nos leitos e a preocupação dos profissinais de saúde com aquelas pessoas que podem ir a óbito", disse o governador. "Saia da sua bolha, presidente Bolonaro, saia da sua fábula, saia do seu mundinho de ódio. Não frequente apenas seu gabinete de ódio, percorra hospitais. Seja solidário com a realidade de seu país."

A partir do dia 4, será obrigatório o uso de máscaras para passageiros do Metrô, de trens da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e de ônibus intermunicipais administrados pelo governo do Estado. A medida se estende também para os ônibus na cidade de São Paulo.

O estado de São Paulo está em quarentena desde o dia 24 de março e recomenda o isolamento social, lidando com uma meta de 70% para que o sistema de saúde ten ha capacidade de atender os pacientes com covid-19. A taxa de ocupação de leitos de UTI na Grande São Paulo está em 85%. Em todo o estado, é de 68%. A adesão ao isolamento na terça-feira (28) foi de 48%, abaixo do mínimo recomendado de 50%.


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