Doria pede união em torno do combate à Covid-19

Doria pede união em torno do combate à Covid-19

Governador de São Paulo questionou postura de Bolsonaro em relação ao isolamento social dos brasileiros

AE

Governador de São Paulo questionou postura de Bolsonaro em relação ao isolamento social dos brasileiros

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O governador de São Paulo, João Doria, afirmou que "o Brasil precisa de União e não de ódio" para combater a doença. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, o governador também questionou a postura do presidente Jair Bolsonaro em relação a medidas para combate do novo coronavírus no País. O presidente tem defendido flexibilizações no isolamento das pessoas.

"Enquanto alguns preferem desprezar vidas, não é racional fazer política com saúde, com a vida das pessoas, especialmente, as mais pobres e vulneráveis. É racional ter atitudes honestas, humanitárias e solidárias. Hoje mais de 50 países estão em quarentena. O mundo inteiro está errado e o único que está certo é o presidente Jair Bolsonaro?", afirmou.

Nesta tarde, Doria e o prefeito da capital, Bruno Covas, vistoriaram as obras de instalação do hospital de campanha, no Estádio do Pacaembu. A unidade está sendo construída para atender pacientes com infecção por Covid-19, doença transmitida pelo novo coronavírus.

Durante a entrevista, Doria disse que o lançamento de uma campanha publicitária com o tema "O Brasil não pode parar" prega o contrário do decreto assinado por Bolsonaro, que reconheceu estado de calamidade pública, e do documento do Ministério da Saúde que recomenda o isolamento social.

"O Brasil pode parar para lamentar a irresponsabilidade de alguns e chorar a morte de muitos. Brasileiros de bem estão salvando vidas enquanto alguns preferem desprezar vidas. O Brasil precisa discutir quem será o fiador das mortes no País", disse.

O governador citou a declaração do prefeito de Milão, Giuseppe Sala, que afirmou ter errado ao apoiar a campanha anti-quarentena na cidade italiana. "Italianos perderam suas vidas porque acreditaram na mensagem de que não era preciso parar", afirmou.

Doria também anunciou que o infectologista Júlio Croda passará a integrar o time do governo de São Paulo após deixar a direção de imunização e doenças transmissíveis do Ministério da Saúde.


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