Eduardo Cunha rechaça divulgação de pedido de prisão

Eduardo Cunha rechaça divulgação de pedido de prisão

Para o presidente afastado da Câmara, a estratégia é constranger os parlamentares contra a cassação

Correio do Povo e Agência Brasil

Cunha acredita que divulgação foi uma estratégia para pressionar seus aliados

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Na mira do Conselho de Ética da Câmara, o presidente afastado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) rechaçou, em nota, a divulgação do pedido para sua prisão que, segundo o jornal O Globo, foi feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Para Cunha o objetivo da reportagem no mesmo dia em que ele é julgado na Câmara é o de “constranger os parlamentares que defendem a minha absolvição buscando influenciar no seu resultado”.

Conselho de Ética adia votação do parecer do processo de Cunha 

No texto, Eduardo Cunha disse que não tomou ciência do conteúdo do pedido de prisão. "Por isso, não posso contestar as motivações. Mas vejo com estranheza esse absurdo pedido, divulgado no momento da votação no Conselho de Ética", destacou.

A discussão se estendeu por mais de quatro horas e foi encerrada pelo presidente do Conselho de Ética, José Carlos Araújo (PR-BA), reunião sem votar o parecer do deputado Marcos Rogério (DEM-RO). Rogério pediu mais tempo para analisar o voto em separado apresentado pelo deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), que pediu, ao invés da cassação, a suspensão do mandato de Cunha por três meses.

Entre os titulares e suplentes que integram o colegiado, 21 se inscreveram e usaram a palavra por 10 minutos. Mais de 13 se posicionaram a favor do relatório de Marcos Rogério (DEM-RO) que pede o afastamento do peemedebista.

Entre os aliados de Cunha, houve manifestações como a de Laerte Bessa (PR-DF), que sugeriu um abrandamento da pena, e Sérgio Moraes (PTB-RS), que reforçou que não ficou comprovada a existência de contas em nome de Eduardo Cunha no exterior e reiterou um discurso antigo que o fez ser conhecido como o parlamentar que “se lixa para a opinião pública”.

“O discurso do aplauso não me anima. Sou um deputado que vota por fatos e não há nada aqui que prove que ele mentiu à CPI da Petrobras”, afirmou o parlamentar.

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