‘Ele é a cereja do bolo’, diz Mourão sobre prisão de Bolsonaro
O atual senador da República concedeu entrevista ao programa Acontecendo, da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira

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O senador gaúcho Hamilton Mourão (Republicanos) avaliou a prisão do general Walter Braga Netto, ex-ministro, como “mais uma página desse atropelo das normais legais que estamos vendo”. A Polícia Federal prendeu preventivamente Braga Netto neste sábado, no Rio de Janeiro, como alvo do inquérito que apura uma tentativa de golpe de Estado.
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Em entrevista ao jornalista Lasier Martins, no programa Acontecendo, da Rádio Guaíba, nesta segunda-feira, o ex-vice-presidente da República comentou sobre as investigações que contam com 37 indiciados pelo enredo de um golpe e três militares indiciados na última semana.
“Está havendo um atropelo completo. Não tenho dúvidas de que ele (Jair Bolsonaro) é a cereja do bolo. Já é uma disputa pessoal isso aí”, disse Mourão.
Ainda, questionado sobre possíveis contatos com Braga Netto, o senador afirmou que a última vez que o viu foi no começo de 2023. “Quando ele estava como secretário de Relações Institucionais do PL, foi no Senado conversar comigo”, contou.
Uma das provas da PF contra o ex-ministro de Bolsonaro foi a delação do tenente-coronel Mauro Cid, detalhando sobre o dinheiro que Braga Netto teria arrecadado para o plano do golpe. Sobre o delator, Mourão disse conhecer “o guri desde que ele tinha três ou quatro anos”. Isso porque o pai de Cid foi colega de Mourão no Exército.
“Ele foi arrastado e arrastou a família para isso. Quando a família entrou, foi aí que entrou para a história da delação”, argumentou o senador.