Eleições 2022: PSDB escolhe neste domingo candidato à Presidência

Eleições 2022: PSDB escolhe neste domingo candidato à Presidência

Arthur Virgílio, Eduardo Leite e João Doria, nomes que disputam a eleição interna, se reúnem em Brasília para acompanhar votação

R7 e AE

João Doria, Arthur Virgílio e Eduardo Leite disputam as prévias presidenciais do PSDB

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Em meio à divisão interna, troca de acusações, denúncias de supostas irregularidades e disputa entre líderes tucanos, o PSDB vai eleger neste domingo (21) o seu candidato ao Palácio do Planalto nas eleições de 2022. Disputam as prévias presidenciais Arthur Virgílio, ex-prefeito de Manaus e ex-senador, e os governadores Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e João Doria (São Paulo).

Filiados de todo o País estarão autorizados a comparecer às urnas eletrônicas instaladas no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. Tucanos também podem votar remotamente por meio de um aplicativo já liberado desde às 7h. A votação, tanto presencial quanto remota, será encerrada às 15h e o resultado deve ser anunciado por volta das 17h pelo presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo.

A previsão é que Doria, Leite e Virgílio cheguem ao evento do PSDB por volta das 9h. Às 10h10, Bruno Araújo fará a abertura oficial e uma homenagem a Bruno Covas, prefeito de São Paulo falecido em maio no exercício do mandato, e Firmino Filho, ex-prefeito de Teresina morto em abril.

Disputa 

De acordo com fontes ouvidas pela reportagem, a disputa deve ficar entre Leite e Doria — enquanto a equipe do primeiro fala em uma vitória de 65% das intenções de voto, a do segundo, por sua vez, estima que este tenha 70% do eleitorado tucano.

Nas pesquisas eleitorais gerais, os pré-candidatos tucanos mostram desempenhos baixos: média de 5% das intenções de voto. Por enquanto, argumentam que essa performance é natural , mas reconhecem que, caso seja necessário, podem avaliar apoio a outro candidato na tentativa de furar a polarização entre Bolsonaro e Lula.

As prévias do PSDB foram marcadas por acusações entre os pré-candidatos, denúncias de fraude, suposto hackeamento, desfiliação de prefeitos e vices e ameaças de judicialização — os episódios acumulados mostram a dificuldade de união e a rivalidade entre líderes tucanos do país.

Durante o período, apoiadores de Leite apresentaram denúncia de que o grupo do governador paulista filiou 92 prefeitos e vices de forma irregular, com data retroativa, para inflar o colégio eleitoral e, assim, conquistar mais votos. As filiações teriam ocorrido após a data limite (31 de maio), de acordo com a acusação, considerada grave, feita pelos diretórios de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Ceará.

O objeto foi analisado pela presidência nacional do partido, que determinou a desfiliação dos 92 membros, o que representou derrota para o governador paulista. A equipe de Doria nega irregularidades e também solicitou investigação contra a filiação de membros dos diretórios do RS, BA e MG — aliados de Leite.

Votação

Ao todo, 44.700 tucanos se cadastraram para votar no aplicativo “Prévias PSDB”, criado pelo partido e alvo de denúncias. Pelo formato tucano, formam 25% do eleitorado os 565 prefeitos e 445 vices. Os 4.297 vereadores e 272 deputados estaduais, outros 25%. Três governadores, cinco vices, sete senadores, 32 deputados federais e o presidente nacional, representam também 25%. Os filiados, o restante (25%).

Vence o candidato que alcançar a maioria absoluta dos votos (resultado do grupo 1 + resultado do grupo 2 + resultado do grupo 3 + resultado do grupo 4). Caso nenhum candidato obtenha mais de 50% dos votos nas prévias deste domingo, haverá segundo turno no dia 28.


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