Eleições 2024: Ausência de Vanazzi movimenta cenário em São Leopoldo

Eleições 2024: Ausência de Vanazzi movimenta cenário em São Leopoldo

Correio do Povo apresenta as movimentações políticas nas maiores cidades da região Metropolitana de Porto Alegre

Felipe Nabinger

Prefeitura Municipal de São Leopoldo

publicidade

São Leopoldo viverá uma eleição ainda em meio aos festejos dos 200 anos da imigração alemã, iniciada no RS pela cidade em julho de 1824. Com o oitavo maior PIB do Estado e nono em população, com 217,4 mil habitantes, o município terá a segunda eleição em 20 anos sem Ary Vanazzi (PT) como candidato.

A reportagem integra o especial sobre o panorama dos dez maiores municípios em número de habitantes, conforme o Censo de 2022.

Eleito em 2004, 2008, 2016 e 2020, o petista completará 16 anos de mandato nas duas décadas. Ele ficou fora do pleito em 2012, vencido pelo Dr. Anibal Moacir (PSDB), por ter cumprido dois mandatos consecutivos. Agora, o quadro se repete. Como a Justiça Eleitoral veta parentes concorrendo à sucessão, sua cunhada, a vereadora Ana Affonso (PT), não pode ser considerada, abrindo uma disputa interna.

O secretário municipal da Cultura, Marcel Frison, e o diretor-presidente do Hospital Centenário, Nestor Schwertner, ambos eleitos vereadores em 2020, pleiteiam disputar as eleições a prefeito e não se descarta a realização de prévias.

O PDT, na base do governo, formou chapa com o PT em 2020. Fala-se que havia um acordo para que o vice eleito Ary Moura (PDT) concorresse, com apoio do PT. No entanto, ele morreu em junho de 2022 em decorrência de um câncer, tornando o cenário incerto. Mesmo assim, o prefeito tem feito acenos ao PDT, que ocupa cargos chave na gestão.

No mês passado, São Leopoldo sediou a Missão Municipalista da Famurs, entidade que tem o Professor Nado como coordenador-geral. Nado, que disputou vaga ao Senado pelo Avante em 2022, retornou ao PDT.

Ele foi terceiro colocado na última eleição para prefeito, à época pelo Cidadania. Outros nomes pedetistas cotados são do secretário de Desenvolvimento Econômico, Juliano Maciel, e do diretor-geral do Semae, Geison Freitas.

O Delegado Heliomar Franco, segundo colocado em 2020 pelo Dem, é pré-candidato pelo PL, partido ao qual se filiou recentemente. A decisão dele, que estava cotado para ingressar no Republicanos, pode fazer com que não haja uma candidatura única do campo do centro e da direita.

No começo do mês, representantes das executivas municipais do PTB, PP, PSDB, PRTB, DC e Solidariedade acompanharam Heliomar em visita a gabinetes de deputados na Assembleia, indicando um alinhamento com o ex-delegado, que deve ter ainda o apoio do União Brasil.

Há, no entanto, um movimento de lideranças do MDB, Cidadania, Republicanos e Podemos, que pode culminar em outro nome, com um viés mais ao centro, buscando disputar com PT e/ou PDT, à esquerda, e Heliomar, mais à direita.

O vereador Gabriel Dias (Cidadania) migrará na janela partidária para o Republicanos e é um dos cotados. Arthur Schmidt (MDB), ex-secretário municipal de Educação na gestão Moacir, eleito vereador em 2016 e que em 2020 foi vice de Nado, é citado. No MDB, porém, já grupos que defendem o apoio a Heliomar.

Ouça:


Mais Lidas





Correio do Povo
DESDE 1º DE OUTUBRO 1895