Eleições 2024: Gravataí tem racha no MDB e possível retorno de ex-prefeito

Eleições 2024: Gravataí tem racha no MDB e possível retorno de ex-prefeito

Correio do Povo apresenta as movimentações políticas nas maiores cidades da região Metropolitana de Porto Alegre

Felipe Nabinger

Disputa pelo comando da prefeitura de Gravataí deverá ter três ex-prefeitos

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Atrás apenas de Porto Alegre e Canoas em população na região Metropolitana, Gravataí tem, conforme o Censo 2022, mais de 265 mil habitantes. Além disso, com 192,4 mil eleitores, segundo dados do TSE até junho, o município está próximo de ser o sexto apto a ter segundo turno do RS, se necessário. Para tal, o número de eleitores precisa chegar a 200 mil.

A reportagem integra o especial sobre o panorama dos dez maiores municípios em número de habitantes, conforme o Censo de 2022. 

Com ou sem segundo turno, os eleitores da cidade com quarto maior PIB do Estado, impulsionado nas últimas duas décadas pela presença da fábrica da GM, devem deparar-se com disputa de aliados recentes e o retorno às urnas de dois ex-prefeitos.

O atual prefeito Luiz Zaffalon concorrerá à reeleição. Para isso, ele deixará o MDB, partido de Marco Alba, eleito em 2012 e reeleito em 2017, em eleição suplementar. Isso porque Alba almeja concorrer novamente. PP e PSDB são possibilidades para Zaffa, como é conhecido. 

O movimento representa uma cisão, visto que o prefeito elegeu-se em 2020 com apoio de Alba, que ocupou a secretaria estadual de Habitação, Saneamento e Desenvolvimento Urbano e é ex-deputado estadual.

No último pleito, Zaffa, pelo MDB, teve o apoio de outros sete partidos: Republicanos, PP, PSL, PTB, PSDB, PSB e PRTB.

No campo à esquerda, Daniel Bordignon (PT), também ex-prefeito, eleito em 1996 e reeleito em 2000, é outro que poderá ser candidato. Em 2016, Bordignon, filiado então ao PDT, derrotou Alba nas urnas, mas após a cassação de sua chapa, o emedebista foi o vitorioso no pleito suplementar seguinte.

Em setembro de 2015, Bordignon foi condenado por improbidade administrativa, pela contratação emergencial de servidores sem concurso, tendo os direitos políticos suspensos por cinco anos. Ele voltou ao PT em 2021 e está sem cargo eletivo desde o início de 2015, quando encerrou seu segundo mandato como deputado estadual.

O ex-vereador e secretário estadual adjunto de Esportes no governo de Eduardo Leite (PSDB), Dimas Costa (PSD), segundo colocado na eleição de 2020, é outro nome que faz oposição ao atual prefeito e que pode estar entre os postulantes. Bordignon e Dimas vêm sido vistos frequentemente juntos em eventos na cidade, levantando a hipótese da formação de uma chapa, o que não pode ser descartado.

Já mais à direita, o PL pode entrar na disputa com Evandro Soares, ex-vereador, candidato a vice de Dimas em 2020 e presidente municipal do partido. Em Brasília, Soares foi assessor do ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) e atualmente está na chefia do gabinete do deputado Rodrigo Lorenzoni (PL), na Assembleia Legislativa.

 

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