Eleições 2024: Porto Alegre repete cenário de outras capitais no país

Eleições 2024: Porto Alegre repete cenário de outras capitais no país

O atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), é pré-candidato à reeleição, em dobradinha com o seu vice Ricardo Gomes (PL). Outras siglas buscam candidaturas competitivas para enfrentar o prefeito

Flavia Bemfica

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Em Porto Alegre, as eleições municipais de 2024 tendem a ter uma replicação do cenário de outras capitais do país, com nacionalização da disputa. O atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), é pré-candidato à reeleição, e trabalha para manter a coligação de centro-direita que hoje sustenta sua administração. Ele vai repetir a dobradinha com o atual vice, Ricardo Gomes (PL). Siglas com chances de lançar candidatura própria dentro do mesmo espectro político já anunciaram que vão se manter unidas ao prefeito. É o caso, além do partido do vice, também do Progressistas. Melo conta ainda com a simpatia de uma fatia expressiva do Republicanos.

Na outra ponta, o PT, federado com PCdoB e PV, promete apresentar uma candidatura competitiva para enfrentar o prefeito, e busca coligação no campo da esquerda. Colocaram seus nomes à disposição do partido a deputada federal Maria do Rosário e a estadual Sofia Cavedon. A sigla quer definir seu pré-candidato em novembro.

O PCdoB apresentou o nome da ex-deputada Manuela D’Ávila, mas possíveis aliados acreditam que o movimento visa mais marcar posição. Pela sigla, como possibilidade para a formação de uma aliança, desponta o nome da deputada estadual Bruna Rodrigues. PT e PSol ensaiam uma coligação, mas precisarão chegar a um entendimento tanto de nomes como pela ocupação da cabeça de chapa. Na última semana, o Movimento Negro Unificado (MNU) indicou o deputado estadual Matheus Gomes (PSol) para compor a chapa de esquerda. Dentro da sigla, que é federada com a Rede, são fortes a deputada federal Fernanda Melchionna e a estadual Luciana Genro.

Ainda na centro-esquerda, o PDT tem dois nomes que trata como viáveis para candidatura própria: os dos ex-deputados Juliana Brizola e Vieira da Cunha. Apesar da proximidade de parte dos pedetistas da Capital com Melo, o partido descarta apoio ao MDB, por considerar que o prefeito está com sua articulação ‘pronta’ e ‘à direita’. As lideranças da sigla consideram ainda como muito provável que a definição na Capital passe por uma estratégia de sua direção nacional. Por isto, não descartam integrar uma frente de esquerda.

Ao centro, o PSDB, que é federado com o Cidadania, ensaia a pré-candidatura da deputada estadual Nadine Anflor ao Paço, mas as negociações são delicadas. Ao mesmo tempo em que interessa aos tucanos a vitrine da Capital dos gaúchos, eles pesam prós e contras de desafiar emedebistas no principal colégio do Estado, já que o MDB é uma das siglas mais fortes na sustentação da administração do governador Eduardo Leite; onde tem o vice, Gabriel Souza. Além disso, o PSDB trabalha com a possibilidade de negociação em "pacote", de forma a tentar manter prefeituras estratégicas, como as de Caxias do Sul, Pelotas e Santa Maria.

Ainda ao centro, o deputado estadual Thiago Duarte pleiteia a candidatura a prefeito, como representante do União Brasil. E, como alternativa na centro-direita, o Novo trabalha os nomes do deputado estadual Felipe Camozzato e da vereadora Mari Pimentel.


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