Em plebiscito, eleitores do Pará rejeitam divisão do estado em três

Em plebiscito, eleitores do Pará rejeitam divisão do estado em três

Presidentes do TSE e do TRE anunciam resultado que evita criação de Tapajós e Carajás

Agência Brasil

Em plebiscito, eleitores do Pará rejeitam divisão do estado em três

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Os presidentes do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, e do Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA), Ricardo Nunes, anunciaram oficialmente, em entrevista coletiva em Belém, que no plebiscito deste domingo, os eleitores rejeitaram a divisão do estado em três unidades federativas.

Com 88,85% votos apurados de um total de 4,84 milhões, o índice de rejeição à criação de Carajás estava em 67,35% dos votos apurados. No caso de Tapajós, o percentual contrário era 66,8%, segundo dados divulgados pela Justiça Eleitoral com 4,37 milhões de votos apurados (90% do total).

Pouco depois das 20h, já era possível dizer que o resultado era irreversível. Na votação, o eleitor teve de responder sim ou não a duas perguntas. Na primeira, se é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado do Tapajós; e na segunda, se é a favor da divisão do estado do Pará para a criação do estado de Carajás.

Ministro exalta participação popular

Ricardo Lewandowski avalia que o plebiscito sobre a divisão do Pará foi um “teste para a democracia participativa” no país. “Demos um passo para além da mera democracia representativa e vivemos agora em toda a plenitude a democracia participativa, em que o povo é chamado a opinar sobre as questões relevantes que dizem respeito ao país, mediante alguns instrumentos como o plebiscito, o referendo e a iniciativa popular”, disse o ministro.

O ministro ressaltou que o plebiscito de hoje mostrou ainda que “o povo pode ser consultado rapidamente de forma eficiente e também de forma econômica”. Para ele, o ideal é que as consultas populares ocorram junto com as eleições, de modo a reduzir os custos. Segundo Lewandowski, um software desenvolvido pelo tribunal permitirá, a partir das eleições de 2012, que a urna a ser usada para votar nos candidatos possa ser utilizada também para a votação em plebiscitos ou referendos, na mesma ocasião.

“Não apenas a cidadania está madura do ponto de vista cívico, de participação no processo eleitoral, mas a tecnologia eleitoral brasileira está muito avançada”, disse o presidente do TSE. “Nós conseguimos apurar o resultado matematicamente em duas horas depois de encerrada a votação”, complementou.



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