"Em tese, pode ter havido ilegalidade", diz presidente do TJRS sobre prisão de deputado em desocupação

"Em tese, pode ter havido ilegalidade", diz presidente do TJRS sobre prisão de deputado em desocupação

Luiz Felipe Difini autorizou uma investigação sobre a atuação dos servidores do Judiciário na ação

Correio do Povo

"Em tese, pode ter havido ilegalidade", diz presidente do TJRS sobre prisão de deputado em desocupação

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O presidente do Tribunal de Justiça do Estado (TJRS), desembargador Luiz Felipe da Silveira Difini, declarou nessa terça-feira que pode ter sido ferida a legalidade durante a desocupação dos Lanceiros Negros, na última quarta-feira, em Porto Alegre.

“Se for comprovado que o deputado Jeferson Fernandes foi detido, algemado e conduzido pela Brigada Militar, sem que tenha sido apresentado posteriormente a uma autoridade policial ou judiciária, houve uma ilegalidade”, analisou. Difini, que autorizou uma investigação pela Corregedoria-geral de Justiça sobre a atuação dos servidores do Judiciário na desocupação, receberá nesta quarta-feira o presidente da Assembleia, deputado Edegar Pretto (PT) para uma audiência sobre o ocorrido. O encontro está agendado para as 16h, no Tribunal.

A apuração será conduzida pela corregedora-geral do TJRS, desembargadora Íris Helena Nogueira, em conjunto com o diretor do Foro Central de Porto Alegre, juiz Amadeo Butelli, e irá analisar a conduta dos oficiais de Justiça, além de observar a atuação da Brigada Militar.

O presidente do Judiciário gaúcho refutou as argumentações de alguns deputados de que os policiais militares estariam sob o comando dos oficiais de Justiça, em virtude da natureza da ação. “O apoio ao Judiciário nestes casos não exclui a cadeia de comando das forças policiais”, apontou. Difini, contudo, ponderou que uma desocupação é sempre “muito difícil” e no caso dos Lanceiros havia um histórico de fracasso em diversas tentativas de conciliação.

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