Empresários vão apresentar contra-proposta para abertura em Porto Alegre a Marchezan

Empresários vão apresentar contra-proposta para abertura em Porto Alegre a Marchezan

Nova reunião deverá ocorrer nesta terça-feira, em meio à pressão para liberar comércio

Christian Bueller

Videoconferência discutiu reabertura escalonada

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Após tensa reunião por videoconferência com o prefeito de Porto Alegre, Nelson Marchezan Júnior, na tarde desta segunda-feira, entidades empresariais realizaram encontros virtuais com representantes de seus segmentos durante a noite. O objetivo era elaborar uma contraproposta do Executivo, de realizar uma retomada gradual das atividades econômicas na cidade, de acordo com perigo de contágio. As reuniões, em algumas associações, entram a madrugada. Segundo o presidente do Sindilojas, Paulo Kruse, a decisão das entidades só divulgada após ser apresentada ao prefeito, em nova reunião que deve acontecer nesta terça-feira, ainda sem horário definido.

Ele limitou-se a dizer que é bem diferente da proposta apresentada na primeira reunião. A proposta da Prefeitura é definir um calendário com a retomada inicial pela construção civil e indústria, setores que geram menor impacto direto na circulação de pessoas. Após, outras atividades poderiam reabrir de forma escalonada semanalmente. A cada duas semanas de liberações, uma ficaria com todos os setores fechados. Marchezan argumenta que, dos 812 leitos de UTI em operação em Porto Alegre, 710 (89,3%) estavam ocupados, sendo 359 (50%) de pacientes confirmados (315) ou suspeitos (44) de Covid-19. “Há alguns dias a estrutura de saúde tem registrado uma leve estabilizada na demanda por leitos de UTI, embora o percentual de ocupação ainda seja elevado”, afirmou em suas redes sociais, após o encontro com os empresários.

O presidente do Sindicato das Indústrias da Construção Civil no Estado do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS), Aquiles Dal Molin, também não revelou o teor da contraproposta, construída a partir de “os ajustes de cada entidade” em que “muitos dirigentes estão consultando seus associados para decidir” como seria a nova proposição de consenso a ser mostrada ao prefeito.

Já, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA), Irio Piva, reiterou muitas das pautas ainda estão em tratativas. “Cada entidade participante ficou com a missão de reunir seus membros para equalizar esses pontos. A pauta está toda em suspenso e não é possível analisar neste ponto em que está”, o dirigente que ressalta o esforço do setor, em “um caminho que parece avançar”. A Associação Comercial de Porto Alegre (ACPA) também se reuniu tão logo a reunião com o prefeito terminou. O objetivo era “construir uma nova proposta visando a retomada das atividades econômicas. Tão logo ela esteja concluída, solicitaremos, em conjunto, uma reunião com o prefeito”, disse nota da entidade.


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