Entidades e deputados fazem protesto contra aumento da alíquota do ICMS
Organizada pela Federasul, manifestação contou com pessoas usando nariz de palhaço, em alusão ao aumento do imposto
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Centenas de empresários se reuniram em frente ao Palácio Piratini na tarde desta segunda-feira pedindo para que a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) não tenha aumento. A manifestação foi organizada pela Federasul, que apontou a falta do cumprimento de uma promessa do governador Leite como principal motivação para o ato. Na última semana, o governo estadual adiou a entrada em vigor dos decretos que retiravam os benefícios fiscais, que era chamado de plano B do governo para aumento da arrecadação.
O presidente da entidade, Rodrigo Sousa Costa, falou sobre a luta que a Federasul promete novamente fazer, inclusive com a promessa de retomar o placar que aponta a tendência de voto de cada deputado. “Apostamos no parlamento gaúcho para trazer o bom senso. Ele (parlamento) vai rejeitar qualquer aumento, seja para 17,5%, 18% ou 19%, e vai manter a alíquota como está. Estamos aqui para que o governador Eduardo Leite cumpra a promessa de que não aumentaria impostos. Faremos uma campanha muito forte de novo. Muitos deputados já disseram que mantém a posição e nós vamos voltar a conversar a partir deste movimento de hoje”, afirmou.
Deputados estaduais e federais também participam do protesto e discursam no carro de som estacionado em frente ao Palácio Piratini. Entre eles, o deputado estadual Paparico Bacchi (PL), atual vice-presidente da Assembleia Legislativa apontou que não há clima para a aprovação do aumento da alíquota. “Estamos trabalhando para rejeitar a proposta. A grande questão é a renegociação da dívida malfeita com a União. O governo precisa desesperadamente ampliar a arrecadação. Nós temos muitas dificuldades, produtores endividados, empresários que quebraram na pandemia e a retirada de incentivos vai piorar isso”, citou.
O executivo da Rede Fort no RS, Joeci Hercilio, foi um dos vários empresários que participaram do ato. Ele contou da esperança do da retirada dos decretos e do projeto de alíquota. “Somos contra o aumento pois sabemos que a capacidade de aquisição do povo gaúcho não aumentou. Se ele (Leite) aumenta imposto, vai diminuir a capacidade de consumo. Isso vai nos trazer uma dificuldade para todos os empresários e para o próprio consumidor. A gente não deseja nem a modal. Queremos que permaneça na forma que está”, completou.