Entrega de bolo marca protestos de prefeitos no RS

Entrega de bolo marca protestos de prefeitos no RS

Manifestações serão retomadas com ato em Osório no Litoral Norte

Correio do Povo e Rádio Guaíba

Fortunati discursou durante ato no Paço Municipal

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A primeira série de protestos dos prefeitos do Rio Grande do Sul, realizada na manhã desta sexta-feira, foi marcada pela entrega de bolo a motoristas que ficaram parados durante manifestação no vão móvel da ponte do Guaíba na BR 290. O chamado "Movimento do Bolo" faz referência à pequena fatia de municípios na divisão tributária. A mobilização defende um novo Pacto Federativo e a distribuição mais justa de recursos.

A manifestação começou pouco depois das 9h, quando cinco prefeituras da região Carbonífera organizaram o bloqueio total da BR 290. Os manifestantes cortaram um bolo no meio da rodovia e distribuíram fatias aos motoristas que foram obrigados a parar. 

O prefeito de São Jerônimo, Marcelo Luís Schreinert, afirmou que os cortes nos repasses estão afetando muitos municípios. "Nós queremos aumentar a participação no bolo tributário de 15% para 30%. O Estado não repassa aquilo que é obrigação. Não temos o dinheiro para saúde e os hospitais estão parados. Eles estão querendo fazer contenção de despesas. O prefeito não tem como escapar do juiz, do promotor e do cidadão, mas o governador não vai nas cidades do seu Estado", disse em entrevista à Rádio Guaíba.

Já quando o protesto na ponte do Guaíba começava a se esvaziar, no Paço Municipal, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, participou de uma solenidade e concedeu entrevista coletiva sobre a manifestação. Em sua fala, Fortunati afirmou que poucos deputados e senadores demonstram preocupação com os municípios." A área da saúde é a mais sensível. Os outros setores, às vezes, podem esperar um pouco mais. Mas hospitais estão fechando suas portas", destacou. "Nada é mais transparente do que o investimento que deve ser feito nos municípios. É preciso descentralizar os recursos", acrescentou.

Em seguida, foi a vez do prefeito de Candiota e presidente da Famurs, Luiz Carlos Folador, que comentou que o movimento não é político. "As dificuldades afetam as prefeituras de todos partidos", completou. O pedido dos prefeitos gaúchos é para que o governo do Estado regularize os repasses atrasados que somam mais de R$ 275 milhões. A proposta do novo pacto federativo é de que 40% fique com a União e 30% para estados e 30% para os municípios.

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