“Essa é a hora em que o governo tem de ser governo”, diz Eduardo Leite

“Essa é a hora em que o governo tem de ser governo”, diz Eduardo Leite

Governador defende que o Executivo faça investimentos para recuperar a economia

AE

Eduardo Leite defendeu que o governo federal realize investimentos para a recuperação da economia após a crise do coronavírus

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O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), defendeu que o governo federal realize investimentos para a recuperação da economia depois de passada a crise do coronavírus. Durante videoconferência organizada pelo Itaú Unibanco, ele afirmou que ainda há dúvidas sobre o Plano Pró-Brasil, mas que o poder público vai precisar estimular a economia.

"Essa é a hora em que o governo tem de ser governo. Eu não defendo, evidentemente, que haja farra fiscal. Mas o governo vai precisar liderar o processo de retomada econômica, estimulando, seja na construção civil, seja no investimento público em infraestrutura, a saída da inércia, para que possamos mais rapidamente ter a retomada econômica", disse o governador do Rio Grande do Sul.

Distanciamento controlado 

Nessa terça-feira, o governador detalhou o plano do Estado para a reabertura do comércio diante da pandemia do novo coronavírus. Leite sugeriu a criação de um distanciamento controlado sustentável, pautado pelo equilíbrio, a fim de recuperar parte das perdas da economia no Rio Grande do Sul. 

A iniciativa, que também depende de colaborações de setores da economia, considera o nível de transmissão e a capacidade do sistema de saúde. Além disso, há também o uso de cores (verde, amarelo, laranja e vermelha), que irão determinar o risco em cada região, sendo a bandeira verde indicando uma maior flexibilização de medidas e a bandeira vermelha apontando para a necessidade de uma maior restrição.

Leite deixou claro, porém, que a intenção de liberar a abertura de comércios não representa ainda o retorno à normalidade. "Não é uma flexibilização aleatória, não é volta à normalidade. Para evitar mortes, nós vamos conviver mais tempo com medidas restritivas, ainda que não seja razoável que a gente mantenha restrições rigorosas durante muito tempo. Se não fizermos nada, porém, muitas pessoas morrerão. Queremos um modelo de distanciamento sustentável, e precisamos desta sustentabilidade, que permita a proteção à vida e a manutenção da atividade econômica. É equilíbrio que estamos buscando", destacou na coletiva em que anunciou o plano.  


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