Evento do PL é marcado por críticas ao ex-governador Eduardo Leite

O evento de posse da executiva do PL em Porto Alegre, que ocorreu na noite desta quinta-feira, foi marcado por críticas ao ex-governador do Estado Eduardo Leite (PSDB) e pela defesa ao governo de Jair Bolsonaro. As manifestações mais duras vieram do pré-candidato ao Palácio Piratini, deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), e seu filho, deputado estadual Rodrigo, que assumiu o comando municipal da sigla.  

Com o plenário da Câmara de Vereadores lotado, Onyx disse que os feitos de Leite no comando do Piratini foram frutos de recursos recebidos da União durante a pandemia e das privatizações, além de ações adotadas pelo governo de José Ivo Sartori (MDB), seu antecessor, ao lembrar da liminar que suspendeu o pagamento da dívida do Estado com a União. "(Com) R$ 20 bilhões não precisa ser gênio. Não precisa ser muito inteligente", afirmou em relação ao total do montante de recursos listados. 

Também recaíram críticas à condução do governo do Estado na pandemia, enquanto ele defendeu as ações de Bolsonaro, ao qual foi ministro nos últimos três anos. "O rapaz que estava no Piratini, com milhões de reais mandados pelo governo federal, fecha tudo, pinta mapinha", ironizou. E, por fim, criticou ainda a decisão de Leite de renunciar ao mandato. "Não há maior honra para uma mulher e um homem gaúcho do que governar o Rio Grande. Pois o rapaz que nos governou renunciou para perseguir um projeto pessoal", finalizou. 

Já Rodrigo Lorenzoni, que foi secretário de Leite, também ampliou as críticas ao ex-governador. Ele chegou a dizer que a bancada não ficará "refém" de Leite. Após a janela partidária, a bancada do PL ampliou e passou a ter cinco integrantes e pode influenciar nas próximas votações. "Nossa bancada será vigilante para que o Estado não siga subjugado aos desejos e interesses do ex-governador Eduardo Leite, que nos fez refém do seu caprichoso desejo de poder", enfatizou.