Exército reforça a segurança em Marabá e Santarém

Exército reforça a segurança em Marabá e Santarém

Plebiscito define divisão do Pará em três estados

Agência Brasil

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O índice de violência fez com que Marabá e Santarém fossem duas das 16 do Pará a receber tropas federais para reforçar a segurança durante o plebiscito que pode decidir o futuro do estado do Pará. Sem rixas entre lados opostos na cidade, com campanhas apenas a favor da separação, explicada pelo baixo investimento do estado na cidade, as forças do Exercito e da Polícia Militar não registraram nenhuma ocorrência na manhã deste domingo. A votação para o plebiscito ocorre até as 17h no horário local (18h de Brasília).

Muitos eleitores de Marabá acordaram cedo neste domingo para votar. Antes das 8h, horário de início das votações, já se formavam filas nos dois maiores colégios eleitorais da cidade, as escolas municipais Jonathas Pontes Athias e Irmã Theodora. Nelas votam cerca de 8 mil dos 138.716 eleitores do município.

Em caso de divisão, Marabá poderá se tornar a capital de Carajás, região que tem sua economia baseada principalmente nas atividades siderúrgica e pecuária. A violência é um dos piores males da cidade mais populosa de Carajás, com cerca de 234 mil habitantes. De acordo com o Mapa da Violência divulgado este ano pelo Ministério da Justiça, com base em dados de 2008, a cidade é a quarta mais violenta do país, com uma taxa de 125 mortes para cada 100 mil habitantes.

Os eleitores comentaram a importância de decidir sobre a situação de sua região, mas alguns, mesmo na hora de decidir, tinham dúvidas sobre como votar. Os cerca de 4,6 milhões de eleitores do estado devem responder a duas perguntas: a primeira, se eles são a favor ou contra a criação do estado do Tapajós. Em seguida, os paraenses responderão se são favoráveis ou não à criação do estado de Carajás. Se a resposta for sim, devem digitar o númeo 77, se for não, 55. Das 369 urnas destinadas a Marabá, 7 tiveram que ser trocadas por falhas.

Santarém é o terceiro maior colégio eleitoral do Pará e principal candidata ao posto de capital de Tapajós, caso a criação da unidade federativa seja aprovada. No município, que tem 219 mil eleitores, foram instaladas 770 urnas eletrônicas. No Colégio Rio Tapajós, que concentra o maior número de eleitores do município, as filas começaram cedo. A votação ocorre com tranquilidade, mas de forma demorada, principalmente no caso dos idosos. Para votar, é preciso apresentar um documento oficial com foto e muitos levaram apenas o título de eleitor.

“A minha vida inteira votei só com o título, não sei o que está acontecendo. Moro longe e não quero voltar para casa para buscar o documento. Vou falar com algum fiscal, senão tiver jeito, não vou votar”, disse a dona de casa Francisca Pereira, 61 anos.

Jutificar o voto

O eleitor que estiver fora do Pará na data deverá justificar a ausência entre a segunda-feira (12) e o dia 9 de fevereiro de 2012 em qualquer cartório eleitoral do país. Quem mudou de cidade dentro do estado e não fez a transferência do título no prazo certo também terá que justificar o voto. Neste caso, a ausência deve ser explicada, no próprio dia do plebiscito, em qualquer local de votação.


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