Famurs defende que Educação Infantil seja a última a retomar aulas e solicita estudos técnicos

Famurs defende que Educação Infantil seja a última a retomar aulas e solicita estudos técnicos

Entidade assinala que são os municípios que respondem por quase 70% das matrículas de crianças com menos de 6 anos de idade

Flavia Bemfica

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A Famurs divulgou nota na manhã desta quinta-feira para reforçar sua posição no sentido de que a Educação Infantil seja a última a voltar às aulas no RS, e solicitar a composição de um grupo de estudo para definir um eventual retorno deste nível em julho, caso ele de fato se confirme, conforme projetado pelo governo do Estado. A nota ocorre após o Executivo ter, na tarde de quarta-feira, anunciado o modelo ‘Distanciamento Controlado Educação – Primeiros Passos’, que prevê cinco etapas para a volta das aulas regulares, entre 1º de julho e 1º de setembro. Nele, entre quatro cenários projetados, em três a Educação Infantil voltaria primeiro, sozinha ou acompanhada de outros diferentes níveis, a partir de 1º de julho.

A oposição da federação de municípios a um calendário no qual a Educação Infantil “puxe” a retomada de aulas presenciais no Estado é de conhecimento de todos os atores que participam das discussões sobre o tema e tem concordância, inclusive, de parte do núcleo do governo responsável pelas diretrizes para a reabertura das instituições de ensino. A entidade argumenta que além de ser difícil de aplicar as medidas de distanciamento, controle e uso de equipamentos de proteção a crianças na faixa etária de 0 a 5 anos e 11 meses de idade, cabe prioritariamente aos municípios a oferta da Educação Infantil, nível no qual concentram 306.875 matrículas (66,8%), de um total de 457.875 existentes entre todas as redes.

Na outra ponta, o Executivo sofre forte pressão de instituições privadas, que contabilizam os 32,6% restantes (149.528 matrículas). E de entidades representativas de setores que retomaram atividades e cujos trabalhadores têm dificuldade de alternativa para os cuidados com os filhos pequenos. A rede pública estadual atende a um número insignificante de alunos na Educação Infantil: pouco mais de 2 mil alunos.

No documento, a Famurs destaca que o possível retorno deve ser norteado por estudo técnico e aponta que as readequações necessárias demandarão maior investimento por parte do Estado também em relação ao Programa Estadual de Apoio ao Transporte Escolar (Peate-RS). Apesar das divergências em relação a Educação Infantil, a entidade elogiou a cautela do Executivo em manter as atividades presenciais suspensas nas redes públicas e privada no mês de junho.


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