Famurs teme que pacote para reduzir preço dos combustíveis afete recursos da educação

Famurs teme que pacote para reduzir preço dos combustíveis afete recursos da educação

Entidade quer mais clareza sobre compensação das perdas na arrecadação de ICMS


Felipe Uhr

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A possibilidade de perder cerca de R$ 4 bilhões de reais em arrecadação de ICMS preocupa a Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul. Este é o montante calculado, pela Confederação Nacional dos Municípios, de perdas para os municípios do Rio Grande do Sul, caso o pacote que visa reduzir o preço dos combustíveis seja aprovado pelo Congresso.

“O governo sinaliza uma compensação para Estados e municípios. Precisamos ter uma clareza de todo esse processo. Uma queda de ICMS nos traz dificuldades”, enfatizou o presidente da entidade e prefeito de São Borja, Eduardo Bonotto, durante a coletiva de imprensa na sede da Federação de Entidades Empresariais do Rio Grande do Sul (Federasul), na manhã desta quarta-feira, antes do encontro Tá na Mesa promovido pela Federasul. Os caminhos da retomada nos 497 municípios foi o tema da palestra.

Bonotto destacou que parte deste valor vai diretamente para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica. “20% do valor arrecadado de ICMS vai para o Fundeb. Nós já tivemos a reposição do piso do magistério em vários municípios, então temos que ter uma precaução e preocupação.” O presidente ressaltou também que a entidade acompanha o projeto através da Confederação Nacional dos Municípios.

Além disso, ele defendeu o Pacto Federativo e uma reforma tributária eficaz. “Precisamos que próximos candidatos estaduais ou federais tenham compromisso com um reforma tributária que tenha uma redução na carga tributária, para a questão da liberdade econômica para que as pessoas e os empresários tenham condições de gerar, empregos, riqueza e renda”. Outros temas também foram abordados durante a coletiva.

Retomada

Bonotto também ressaltou a importância do Governo Federal no aporte de recursos durante a pandemia e a retomada após o período. “O governo aportou o recursos e disse o que serviria aquele recurso e isso foi importante naquele momento de apreensão”. Para ele, apesar do aumento de arrecadação após a flexibilização das atividades, os recursos não estão sobrando “Tivemos um aumento agora de arrecadação mas os funcionários públicos não tiveram reajustes, então existe um gargalo”, exemplificou.

Eleições

O presidente externou sua preocupação com a polarização da sociedade em relação ao período eleitoral. “Me preocupa esse excesso de divisão. Em momento algum isso soma pra sociedade. Temos que discutir políticas públicas e plano de governo. Esse é o debate que tem que se fazer. Nós estamos em um país onde todos precisamos dar as mãos e isso eu vou falar um pouco também.

Crescimento e estiagem

O Crescimento de 10,6% do PIB em 2021 e os desafios da Estiagem também foram destacados pelo presidente da Famurs. “O PIB do Rio Grande do Sul teve um crescimento do PIB significativo, por conta das privatizações, o processo de retomada da economia após a pandemia.” A Famurs também tem realizado ações para minimizar os efeitos da estiagem que atingiu todo o Estado em 2022 e os efeitos sobre o PIB (Produto Interno Bruto). “Mas a nossa preocupação este ano é qual vai ser o resultado que a estiagem trouxe para o nosso Estado. Tivemos queda de produtividade em todos os setores, tanto na criação de animais quanto na produção de grãos e vai ter reflexo na relação do PIB no Rio Grande do Sul. São situações que não estão na mão do gesto público”.


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