Política

Flávio Bolsonaro sugere que EUA ataquem “barcos com drogas” na Baía de Guanabara

Senador fez um apelo direto a Pete Hegseth, o secretário de Guerra dos EUA no governo de Donald Trump

Flávio Bolsonaro fez um apelo direto a Pete Hegseth, o secretário de Guerra dos EUA
Flávio Bolsonaro fez um apelo direto a Pete Hegseth, o secretário de Guerra dos EUA Foto : Jefferson Rudy/Agência Senado/CP

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) utilizou suas redes sociais nesta quinta-feira (23) para fazer um apelo direto a Pete Hegseth, o secretário de Guerra dos EUA no governo de Donald Trump. O parlamentar sugeriu que Hegseth oferecesse "ajuda" ao Brasil no combate ao tráfico de drogas que, segundo ele, assola a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro.

A manifestação de Flávio Bolsonaro ocorreu após ele compartilhar uma publicação de Hegseth na rede social X (antigo Twitter). No post, o secretário do governo Trump informava sobre uma recente ação militar americana.

Inveja e pedido de intervenção

Hegseth havia relatado que o Departamento de Guerra dos EUA realizou um "ataque cinético letal" contra uma embarcação operada por uma Organização Terrorista Designada (DTO) no Pacífico Leste. O secretário escreveu:

"Mais uma vez, os terroristas, agora falecidos, estavam envolvidos no narcotráfico no Pacífico Leste".

A publicação era acompanhada de um vídeo do momento do ataque.

Em tom de comparação, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro expressou seu desejo por uma ação similar no Brasil.

"Que inveja. Você não gostaria de passar alguns meses aqui nos ajudando a combater essas organizações terroristas?".

Contexto da ação militar dos EUA

A ação mencionada por Hegseth é o oitavo ataque conhecido das Forças de Operações Especiais dos EUA desde o início de setembro. Por ordem de Trump, os militares passaram a abater pessoas a bordo de barcos supostamente transportadores de drogas, tratando-as como combatentes inimigos em cenário de guerra, e não como meros suspeitos de crime.

Esta foi a primeira vez que um ataque dessa natureza atingiu um barco no Pacífico, na costa da Colômbia, e não no Mar do Caribe. O governo Trump justificou cada um dos ataques alegando que ocorreram em águas internacionais e que os envolvidos eram membros de cartéis de drogas classificados como organizações terroristas.

A administração americana, contudo, não divulgou provas concretas para embasar as acusações sobre as identidades dos passageiros.

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