Geddel é levado para audiência no STF sobre ação do bunker de R$ 51 milhões
Irmão do ex-ministro prestou depoimento na manhã desta segunda-feira
publicidade
A mãe dos políticos, Marluce Vieira Lima, o ex-assessor parlamentar Job Ribeiro Brandão, e o empresário Luiz Fernando Machado da Costa Filho são os outros réus na ação penal, aberta pelo STF em maio para apurar supostos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa. O relator é o ministro Edson Fachin. Geddel conseguiu deixar a Papuda por algumas horas porque tem direito de assistir aos depoimentos no processo. Diante do juiz Paulo Marcos de Farias, os servidores do Senado Thiago Nascimento Castro Silva e Marcos Machado Melo falaram sobre a tramitação da Medida Provisória 613.
Em delação, o ex-diretor da Odebrecht Cláudio Melo Filho destacou que Lúcio participou da aprovação da MP como presidente da Comissão Mista, e que o deputado teria solicitado "apoio financeiro" para trabalhar pelos interesses da empreiteira no caso.
"Os pagamentos foram realizados no início do mês de outubro de 2013 na cidade de Salvador. Embora o pedido de contribuição financeira tenha sido feito pelo parlamentar acima com fundamento em necessidade de custear despesas de campanhas eleitorais, ficou claro que o não atendimento ao pedido traria dificuldades na aprovação da MP 613", diz trecho da colaboração. "Foi completamente normal. Uma como qualquer outra", disse Melo sobre a tramitação da medida a jornalistas depois da audiência. Ele é da Coordenação das Comissões Mistas do Senado.
O outro servidor da Casa que prestou depoimento, Thiago Nascimento Castro Silva, acompanhou a tramitação da MP 613, segundo a defesa de Lúcio. A Medida Provisória 613, aprovada em agosto de 2013 pelo Senado, desonerava a cadeia de produção do etanol e beneficiava a Odebrecht.