Governistas do Senado querem votação de arcabouço até 15 de junho

Governistas do Senado querem votação de arcabouço até 15 de junho

Ambiente político pode atrasar apreciação do projeto que define novo regramento fiscal

R7

Proposta foi aprovada pelo Senado

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Na semana da entrada no Senado do projeto do arcabouço fiscal, que fixa regras para o controle dos gastos públicos, o ambiente político na Casa vive seu momento mais tenso desde o início do mandato de Lula na Presidência. A chegada da proposta coincide com a instalação da CPMI do 8 de Janeiro, que investiga o ataque aos Três Poderes em reação à eleição do petista.

Os planos de ver o arcabouço votado até 15 de junho na Casa também esbarram no mau humor entre aliados importantes motivado pelo bloqueio às atividades da Petrobrás na foz do rio Amazonas. O senador Davi Alcolumbre, do União Brasil, aliado do Planalto e responsável pela indicação de ministros no governo, expressou forte insatisfação quanto ao veto à atividade de prospecção da petroleira — encarado como bloqueio à importante atividade econômica em benefício de seu estado.

Alcolumbre preside a Comissão de Constituição e Justiça e sinalizou que pode trabalhar por estender o tempo de tramitação do arcabouço fiscal e postergar a votação para julho — uma vez que o recesso parlamentar se inicia no dia 15 daquele mês. A estratégia dos governistas, apoiada pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), é abreviar a tramitação, saltar o longo trâmite por comissões e adotar o regime de urgência.

A instalação da CPMI do 8 de Janeiro implantou nesta quarta o já esperado ambiente de confronto entre governo e oposição, com reflexos sobre as relações internas na Casa, que sedia as apurações. Líderes de Lula trabalham por limitar o estrago e restabelecer o consenso em torno do texto do arcabouço aprovado pelos deputados, sob o argumento de que o projeto é de interesse nacional e já foi exaustivamente discutido.


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