Governo amplia conversas por segundo escalão no RS
Entre autarquias, fundações e empresas ligadas ao Executivo, mais de 20 postos de gestão podem contemplar partidos da base aliada

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Encerrado o processo de formação do secretariado, as atenções do governo voltam-se ao segundo escalão. Embora tenha dado continuidade a um processo de reforma com extinção de fundações e privatizações, iniciado no governo José Ivo Sartori (MDB), a segunda gestão de Eduardo Leite (PSDB) tem mais de duas dezenas de cargos de chefia em autarquias, fundações e empresas de economia mista passíveis de indicação. Com nove partidos formando oficialmente a base aliada e alguns não contemplados com secretarias, esses postos tornam-se chave para manutenção do apoio das legendas.
Até agora, foram confirmadas mudanças no Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) e no Badesul Desenvolvimento, envolvendo atores políticos que estavam na linha de frente no governo passado. Nas diretorias que cabem ao Executivo no conselho do BRDE, o ex-governador Ranolfo Vieira Júnior (PSDB) e o ex-secretário da Fazenda Leonardo Busatto foram indicados. Já na agência de fomento, o secretário de Planejamento, Governança e Gestão, Cláudio Gastal, que deve deixar a pasta nesta semana com a posse de Danielle Calazans, foi indicado à presidência.
O governo gaúcho estipulou critérios para que as indicações oriundas da base não destoem das exigências técnicas para o comando de órgãos como Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer), Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS), Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase), Metroplan, Instituto Riograndense do Arroz (Irga), Ceasa, Emater/RS-Ascar e Banrisul, por exemplo.
Partidos vem realizando reuniões com o chefe da Casa Civil, Artur Lemos, indicando nomes que passarão por crivo do Executivo. Eduardo Leite tem o apoio de seis partidos desde o início de sua campanha vitoriosa pela reeleição no ano passado, além de dois que agregaram no segundo turno e outros dois após o pleito.
Além da federação entre PSDB e Cidadania, MDB, União Brasil, Podemos e PSD, PDT, PSB e PP também estão alinhados ao projeto do tucano. Destes, somente Cidadania e PSB não foram contemplados com cargos no primeiro escalão. Nesta terça-feira, o PSB entrega uma lista de indicações definida em reunião da executiva estadual.
Fora da lista
Entre as instituições ligadas ao Executivo que devem ficar fora da divisão entre legendas estão a Companhia Estadual de Silos e Armazéns (Cesa), em processo de liquidação; a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), em processo de extinção; e a Corsan, que foi privatizada, mas ainda não entregue à iniciativa privada.
Fundações ligadas ao ensino, como a Uergs e a Fundação Escola Técnica Liberato Salzano Vieira da Cunha também devem ficar de fora, visto que a escolha de seus gestores dá-se por meio de eleição. A CRM passa por estudos para a desestatização, porém em estágio inicial.
Alguns orgãos do Estado
- Badesul Desenvolvimento
- Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE)
- Banrisul
- Centrais de Abastecimento do Estado do RS (Ceasa)
- Companhia de Processamento de Dados do RS (Procergs)
- Companhia Riograndense de Mineração (CRM)
- Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer)
- Departamento Estadual de Trânsito (Detran)
- Emater/RS-Ascar
- Fundação de Amparo e Pesquisa (Fapergs)
- Fundação de Atendimento Socioeducativo (Fase)
- Fundação Orquestra Sinfônica de Porto Alegre (Fospa)
- Fundação de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan)
- Fundação de Proteção Ambiental (Fepam)
- Fundação de Proteção Especial (FPE)
- Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS)
- Fundação para Pessoas com Deficiência (Faders)
- Fundação Theatro São Pedro
- IPE Saúde
- IPE Previdência
- Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga)
- Junta Comercial, Indústria e Serviços do Estado do RS (JUCISRS)
- Portos RS – Autoridade Portuária dos Portos do RS