Governo do RS defende manutenção de incentivos fiscais
Secretaria da Fazenda sustenta que retirada das isenções compromete atividade econômica
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Conforme o governo gaúcho, a retirada das isenções não resolve o problema do Estado, e põe em risco diversos setores da economia. O secretário da Fazenda, Giovani Feltes, afirmou, nesta sexta-feira, que a concessão dos chamados incentivos fiscais teve como objetivo estimular o empreendedorismo, preservando empregos e garantindo condições de competitividade às empresas gaúchas.
Entre os setores beneficiados com os R$ 8,989 bilhões em desonerações fiscais, estão os produtos da cesta básica, os medicamentos genéricos, as cooperativas de reciclagem e os incentivos à cultura. Feltes lembrou que o Simples Gaúcho, sistema de pagamento de impostos de micro e pequenas empresas e microprodutores rurais, representa um impacto de cerca de R$ 1,2 bilhão nos R$ 8 bilhões de isenções fiscais. Ele questiona, portanto, se a sugestão oferecida pelo deputado prevê aumento de carga tributária de micro e pequenas empresas.
O secretário adverte também que o corte genérico pode aumentar a tributação dos setores leiteiro, vitivinicultura, coureiro-calçadista e moveleiro. O Estado sustenta que o valor total gasto em incentivos em 2015 é “praticamente o mesmo” em relação a 2014 (R$ 8,980 bilhões). Ele salienta, porém, que o valor da arrecadação de impostos diminuiu, de 24,01% em 2014, para 22,94% em 2015.