Grupo de empresários decide apoiar manifestação de domingo

Grupo de empresários decide apoiar manifestação de domingo

Instituto Brasil 200, movimento de empresários liderado por Flávio Rocha, dono da Riachuelo, decidiu apoiar após mudança de temas

AE

Grupo é liderado pelo empresário Flávio Rocha, dono da Riachuelo

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O Instituto Brasil 200, movimento de empresários liderado por Flávio Rocha, dono da varejista Riachuelo, decidiu apoiar publicamente as manifestações programadas para o domingo. O grupo, que reúne nomes do empresariado simpáticos ao governo Jair Bolsonaro, como Luciano Hang (dono da Havan) e João Appolinário (Polishop), estava reticente em incentivar a adesão aos atos no início, mas mudou de posição, afirmou Gabriel Rocha Kanner, que é presidente do Brasil 200.

"Estávamos contrários porque a manifestação surgiu de forma nebulosa, com pautas com ataques às instituições e a favor do fechamento do Congresso. Somos contrários à tese revolucionária. Acreditamos que as mudanças têm de ser feitas pelas instituições", afirmou.

Segundo ele, porém, as pautas "evoluíram" e as manifestações trarão agora temas defendidos pelo Brasil 200. "As manifestações são um fenômeno orgânico e vão ganhando corpo. Defendemos a reforma da Previdência, a reforma administrativa e o pacote anticrime de Moro e, por isso, daremos nosso apoio", disse.

Segundo ele, foi o que aconteceu em 2013, quando os protestos eram pelo aumento do preço da passagem e se tornaram contra a corrupção. Ou nas manifestações pelo impeachment, que começaram com pessoas pedindo a intervenção militar.

Kanner estará na Avenida Paulista e diz que outros também sairão às ruas do País, caso de Luciano Hang. Ele nega, porém, que representantes do governo ou do partido do presidente tenham pedido que o Brasil 200 apoiasse formalmente as manifestações.

O instituto, que se define como apartidário, abriu escritório em Brasília para fazer lobby por políticas liberais e tem a deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) como coordenadora de sua frente parlamentar.

Um empresário muito próximo a Bolsonaro, que falou ao Estado sob reserva, afirmou que alguns executivos ainda avaliam se estarão de fato no ato, já que o presidente disse que não o apoia formalmente. Ele disse temer que sua presença seja confundida com aval direto de Bolsonaro às manifestações.


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