Guedes diz que aceita mudanças que classe política faça em programas econômicos

Guedes diz que aceita mudanças que classe política faça em programas econômicos

Ministro afirmou que governo fecha pacto federativo e aprova reforma tributária no 2º semestre

AE

Ele deu como exemplo de problema das amarras orçamentárias, que também atingem o governo federal, informando que o ministro da Justiça, Sergio Moro, quer R$ 500 milhões para a Força de Segurança Nacional

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O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que diferentes instituições do País estão trabalhando em conjunto com o governo federal em prol de bons resultados. Segundo ele, o Supremo Tribunal Federal (STF) tem tomado decisões favoráveis à economia, como nos casos em que foi provocado em contestação a privatizações da Petrobras, quando os ministros votaram favoravelmente à alienação de ativos da petroleira.

"A empresa tem capacidade de gestão, tem um excelente gestor lá dentro. A Suprema Corte foi chamada a decidir e decide corretamente, porque os ministros são bem instruídos e bem informados", afirmou Guedes, em discurso para empresários na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). "O Supremo decide corretamente questões importantes para nós. O Congresso vem e apoia a reforma da Previdência. O TCU, Tribunal de Contas da União, nos ajuda muito também", elogiou.

Guedes disse que aceita eventuais mudanças que a classe política faça em programas do governo. "Estamos confortáveis com isso", declarou. Ele defendeu a pluralidade de opiniões no País, que une o conservadorismo nos costumes ao liberalismo na economia, citando que correntes diferentes coexistem em países europeus e nos Estados Unidos.

"Nosso foco é ordem e progresso, a ordem democrática. Na ordem democrática não tem esse negócio de quebrar trator, tacar fogo na prioridade dos outros, parar estrada. Que historia é essa?", criticou o ministro. Segundo ele, um governo economicamente competente é essencial para que consiga atender às demandas sociais.

O ministro afirmou que a prioridade é acelerar as privatizações, para que o governo se concentre em priorizar investimentos na educação, saúde e o "capital humano brasileiro"."Tem que ter competência, senão você não consegue ser generoso. Não existe incompatibilidade entre social e econômico", defendeu Guedes. "Algumas estatais viraram foco de aparelhamento, não investem e não deixam outras empresas investirem", declarou.

Governo fecha pacto federativo e aprova reforma tributária no 2º semestre

Guedes afirmou que no segundo semestre deste ano o governo vai fechar o pacto federativo, que dá maior autonomia aos Estados, e aprovar no Congresso a reforma tributária, o que deve ajudar a destravar a economia. Ele deu como exemplo de problema das amarras orçamentárias, que também atingem o governo federal, informando que o ministro da Justiça, Sergio Moro, quer R$ 500 milhões para a Força de Segurança Nacional, mas tem R$ 1,5 bilhão para construir penitenciárias e não pode utilizar esses recursos para outra finalidade.

"Ele não pode colocar a mão, quem disse que ele quer fazer penitenciária? Não pode isso...", declarou durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Segundo o ministro, "para ver onde chegou o manicômio tributário", as igrejas não podem ser tributadas, mas gastam dinheiro para poder manter o governo informado das suas contas. "A multa se a igreja não informar é de R$ 40 mil", informou.
Ele reafirmou a intenção do governo de "disparar o canhão da privatização", e, sem dar detalhes, disse que "vem empresa grande por aí".


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