Guerra entre Israel e Hamas gera discussões na Câmara de Porto Alegre
Na sessão desta quarta-feira, uma moção proposta por vereadores de siglas à esquerda foi recusada
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Se estendendo desde a sessão da última segunda-feira, as discussões acerca da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas movimentaram mais um dia na Câmara de Porto Alegre. Uma moção assinada por cinco vereadores de partidos de esquerda foi recusada pelos parlamentares, por 13 votos a 11.
A moção de solidariedade “às vítimas do conflito instalado na Faixa de Gaza, em defesa da paz”, assinada pelos vereadores do PCdoB (Biga Pereira e Giovani Culau), PSol (Alex Fraga, Karen Santos e Pedro Ruas) e PT (Jonas Reis) foi alvo de críticas. O principal motivo da contrariedade ao mérito da proposição se deu pela utilização do termo “contra-ataque” na frase que afirma que as bancadas dos partidos “condenam os ataques realizados ao povo civil, como resposta ao contra-ataque organizado pelo Hamas”.
“Está claro que o Hamas atacou Israel de forma forte e surpresa. Nós estamos vivendo uma violência sem tamanho, uma barbárie. Como votar este tipo de contra-ataque?", argumentou a vereadora Mônica Leal (PP), sobre o termo redigido na justificativa da moção.
Uma das proponentes, Biga Pereira disse que "defende a paz naquela região". "Nós entendemos que, neste momento, Israel ataca. Houve um contra-ataque porque Israel atacou", falou a vereadora, que afirmou ter retirado o termo contestado do texto da proposição.
A pauta teve a votação iniciada na última sessão plenária, mas o quórum foi retirado. Na sessão de hoje, a votação teve que ser realizada duas vezes, já que na primeira, que a moção tinha sido aprovada, houve problemas técnicos na plataforma remota.
No último sábado, o grupo terrorista Hamas bombardeou Israel e deixou, até o momento, mais de mil mortos. Entre as vítimas, estão os brasileiros Ranani Glazer e Bruna Valeanu, que participavam do festival de música eletrônica próximo à Faixa de Gaza.
Os vereadores aprovaram duas moções na última segunda-feira. Proposta pela vereadora Fernanda Barth (PL), uma de solidariedade “ao Estado de Israel, em face dos ataques cometidos por grupos terroristas” e outra, de autoria de Mônica Leal, de repúdio “ao ataque terrorista sofrido pelo Estado de Israel”.
*Supervisão de Mauren Xavier
