Gustavo Franco e Salim Mattar são cotados para substituir Levy

Gustavo Franco e Salim Mattar são cotados para substituir Levy

Joaquim Levy, presidente do BNDES, pediu demissão por meio de carta enviada ao ministro Paulo Guedes

AE

Joaquim Levy pediu demissão da presidência da BNDES na manhã deste domingo

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Integrantes da área econômica falam reservadamente sobre quem são os mais cotados para substituir o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, que pediu demissão na manhã deste domingo.

A avaliação é a de que a permanência de Levy tornou-se insustentável depois da crítica pública do presidente. O ex-presidente do BNDES enviou uma solicitação ao ministro da economia, Paulo Guedes. 

Ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco, que assumiu a presidência do conselho do BNDES neste ano, e Salim Mattar, secretário especial de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia seriam opções para substituí-lo.

Também estão no páreo Carlos Thadeu de Freitas, ex-diretor do banco, e Solange Vieira, funcionária de carreira do BNDES e atual presidente da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

Conversa com Paulo Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes conversou com o Joaquim Levy sobre o pedido de desligamento do executivo do banco de fomento. A conversa entre Levy e Guedes ocorreu no início da manhã deste domingo e, segundo uma fonte, o diálogo foi cordial e "houve muita concordância". 

"Cabeça a prêmio"

Bolsonaro afirmou no sábado que Levy está com a "cabeça a prêmio". O presidente ameaçou demiti-lo na segunda-feira caso ele não suspenda a nomeação do advogado Marcos Barbosa Pinto para o cargo de diretor de mercado de capitais do banco de fomento.

Pinto foi chefe de gabinete de Demian Fiocca na presidência do BNDES (2006-2007). Fiocca era considerado, no governo federal, um homem de confiança de Guido Mantega, ministro da Fazenda nos governos de Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.

O próprio Levy foi ministro da Fazenda de Dilma entre 1º de janeiro e 18 de dezembro de 2015, primeiro ano do segundo mandato da petista. Procurado pela reportagem, Levy não quis se manifestar, assim como o BNDES.


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