Hipótese de demissão de ministro da Defesa "não tem o menor cabimento", diz chefe da Casa Civil

Hipótese de demissão de ministro da Defesa "não tem o menor cabimento", diz chefe da Casa Civil

Rui Costa chamou de "fake news" a publicação do deputado federal André Janones (Avante-MG) sobre uma possível saída de Múcio do cargo

AE

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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira, que a hipótese de demissão do ministro da Defesa, José Múcio, "não tem o menor cabimento". Ele chamou de "fake news" a publicação do deputado federal André Janones (Avante-MG), no Twitter, sobre uma possível saída de Múcio do cargo, e disse que já tem agendas marcadas com o titular da Defesa na semana que vem.

"Não tem o menor cabimento esta hipótese, isso é coisa de quem quer fazer guerra política e fragilizar o ministro, não existe isso. O ministro estava comigo ontem até 22h30 aqui no Palácio. Já fiz várias agendas com ele para esta semana e para a semana que vem. Isso é fake news", declarou Costa.

Ao ser questionado sobre a possibilidade de o governo estender a intervenção na segurança pública do Distrito Federal para além de 31 de janeiro, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, evitou responder de forma direta e brincou: "Cada dia com sua agonia". Em caso de intervenção nos Estados, a Constituição não pode ser emendada, o que, em tese, atrasaria a agenda econômica.

A intervenção no DF foi decretada no último domingo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após golpistas invadirem os prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal. O decreto foi aprovado ontem pelo Legislativo. Além disso, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o afastamento de Ibaneis Rocha (MDB) do governo do Distrito Federal por omissão.

Costa afirmou também que o governo federal vai realizar no Palácio do Planalto rotinas periódicas de treinamento de pessoal para garantir a segurança. Hoje, houve reforço do Batalhão da Guarda Presidencial, ligado ao Exército, e da Força Nacional na sede do Executivo durante a solenidade de posse das ministras Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Anielle Franco (Igualdade Racial). Além disso, a Esplanada foi fechada para reduzir a circulação de pessoas e evitar a entrada de veículos, em meio a novas convocações de atos golpistas pelo País.

"Será aplicado o reforço de segurança</i> a cada momento que for necessário. E nós vamos implementar rotinas de ensaios, do mesmo jeito que na indústria se faz ensaio contra incêndio, treinamento de evacuação, serão feitas rotinas periódicas de treinamento de pessoal e de garantia da lei e da ordem e da democracia", declarou Costa.


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