"Houve uma incompatibilidade de gênios", diz Onyx sobre saída de Levy do BNDES

"Houve uma incompatibilidade de gênios", diz Onyx sobre saída de Levy do BNDES

Ministro disse que Bolsonaro deseja que o próximo titular do banco "abra a caixa preta" da instituição de fomento

AE

Onyx minimizou as críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia

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O ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, afirmou nesta segunda-feira, 17, que o pedido de demissão do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Joaquim Levy, é um direito do presidente da República, Jair Bolsonaro, que o nomeou para cargo. "Houve uma incompatibilidade de gênios, não houve sintonia", disse o ministro após a abertura do Ethanol Summit, em São Paulo.

Onyx minimizou as críticas do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, que classificou a saída de Levy como uma covardia sem precedentes. "É vida que segue; foi algo respeitoso e natural. É questão natural do governo."

Segundo o ministro, o presidente Bolsonaro deseja que o próximo titular do BNDES "abra a caixa preta" da instituição de fomento.

Durante o discurso, Onyx Lorenzoni criticou recursos emprestados pelo governo brasileiro, durante as gestões petistas, por meio do banco de desenvolvimento, a países da África e da América Latina governados por partidos de esquerda. "Há US$ 17,4 bilhões de recursos de impostos gerados pelos senhores e pelas senhoras que foram distribuídos a republiquetas africanas a latino-americanas, com uma única razão: fomentar projeto de poder latino-americano e continental, para fazer pátria grande dominada pelo pensamento socialista e comunista", disse, sem citar o banco nem Levy. "Até agora, há dívida de US$ 2,4 bilhões que não voltaram e eu duvido que voltem", acrescentou.

Onyx disse que a ex-presidente Dilma Rousseff, no seu governo, quase destruiu o setor de etanol e, segundo ele, o Brasil do presidente Jair Bolsonaro respeita contratos e direito de propriedade. "Estamos libertando empresários brasileiros, aqueles que produzem, vamos resgatar o País", disse o ministro.

Dirigindo-se ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, presente no evento, disse que a Amazônia é, sim, o pulmão da humanidade, mas ressaltou que a floresta é "brasileira, não internacional". Salles é cobrado por Alemanha e Noruega, países que sustentam o fundo Amazônia.


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