Hyperloop: a tecnologia que promete viagens de altíssima velocidade no RS

Hyperloop: a tecnologia que promete viagens de altíssima velocidade no RS

Estudo de viabilidade indica viagens entre Porto Alegre e Caxias em 19 minutos. Investimentos vão superar 7 bilhões de dólares

Mauren Xavier, direto de Toulouse

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Imagine uma viagem entre Porto Alegre e Caxias do Sul em apenas 19 minutos. Essa é a proposta de um estudo que está em análise no Rio Grande do Sul, envolvendo a tecnologia hyperloop, que é um sistema de altíssima velocidade. Por exemplo, pelas análises iniciais, a velocidade poderia chegar a 835 km/h no Estado.

Os investimentos, porém, envolvem cifras bilionárias. O projeto é estimado em 7 bilhões de dólares, totalmente captados junto com a iniciativa privada, entre investimentos para implementação e de manutenção. 

Pelo projeto em análise seria possível transportar até 50 passageiros por viagem, além da sua utilização para carga. Porém, ainda há um caminho até esse projeto ser concretizado. A tecnologia, que é desenvolvida na unidade da empresa HyperloopTT, em Toulouse, no Sul da França, ainda está em testes e estudos. A previsão é de que em 2022 tenha início o teste com passageiros. E, já no ano seguinte, a intenção é ter a primeira linha pronta em Abu Dabi, nos Emirados Árabes.   

Nesta sexta-feira, no último dia da missão governamental na Europa, a comitiva pode conhecer de perto o projeto. Na sede, em Toulouse, o grupo, liderado pelo governador Eduardo Leite, viu como a tecnologia funciona na prática, além da estrutura que viabiliza o transporte, que é um tubo gigante de aço e vedado. É esse tubo que cria o ambiente a vácuo, permitindo o deslocamento em alta velocidade. Nesse caso, o sistema é muito similar ao da engenharia espacial, que tem um polo de referência em Toulouse.        

O estudo no Rio Grande do Sul tem parceria ainda com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Segundo o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luis Lamb, esse foi uma oportunidade ímpar para conhecer a tecnologia. Ele ressaltou que o estudo de viabilidade analisa as condições técnicas de instalação, análise da topografia, geográfica, custos potenciais, a trilha, entre outros pontos. 

Sobre as razões que levaram a empresa a escolher o Estado para fazer o estudo e a possível futura instalação, head Brasil e América Latina da empresa, Ricardo Penzin, explicou que o RS mostrou mais interesse do que outros estados. "Temos a excelência dos estudos de transporte da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e o RS tem uma diferença de altitude que faz muito sentido. Queríamos um local que mostrasse que a Hyperloop pode fazer coisas que o trem não pode fazer”, enfatizou.

Segundo o secretário de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luis Lamb, esse foi uma oportunidade ímpar para conhecer a tecnologia. Ele ressaltou que o estudo de viabilidade analisa as condições técnicas de instalação, análise da topografia, geográfica, custos potenciais, a trilha, entre outros pontos. 
 


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