Política

Irmão de Lula entra na Justiça contra quem o associa a descontos e critica CPMI do INSS

Na semana passada, comissão rejeitou a sua convocação para depor diante dos parlamentares

Frei Chicho não foi convocado pela CPMI
Frei Chicho não foi convocado pela CPMI Foto : Felipe L. Gonçalves / PT Divulgação

Irmão do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, José Ferreira da Silva, o Frei Chico, acionou a Justiça contra publicações nas redes sociais que o associam ao esquema de descontos ilegais a aposentados. Ele é vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos (Sindnapi), uma das entidades envolvidas nos desvios.

Em nota, também criticou o trabalho da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), instaurada no Congresso para investigar os crimes e que, na última quinta-feira, 16, rejeitou a sua convocação para depor diante dos parlamentares.

Segundo ele, a comissão virou 'palco politico' e promove 'julgamento antecipado'. 'Não temo investigação, mas o que ocorre hoje é um julgamento antecipado, antes mesmo de os fatos serem apurados. É lamentável que parte da CPMI do INSS use esse processo como palco político, em vez de buscar a verdade', disse ele.

O Sindinapi é apontado como um dos autores de descontos associativos cobrados diretamente na folha de aposentados sem a devida autorização. De 2020 a 2024, as receitas do sindicato cresceram em mais de 500%, o que chamou a atenção da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal.

Frei Chico, no entanto, não figura entre os investigados na operação Sem Desconto, que apura os ilícitos. Ele protocolou ação no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) contra o que considera 'acusações falsas e ofensivas' contra si nas redes sociais. Também reforçou a alegação de que não tem participação em irregularidades.

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