Janot denuncia Renan Calheiros na Lava Jato

Janot denuncia Renan Calheiros na Lava Jato

Presidente do Senado é acusado do recebimento de R$ 800 mil em propina

Correio do Povo

Renan Calheiros foi denunciado pela primeira vez na Lava Jato

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), foi denunciado procurador-geral da República, Rodrigo Janot, no Supremo Tribunal Federal (STF) na Operação Lava Jato. Renan é alvo de vários inquéritos da operação, mas essa é a primeira vez que ele é denunciado.

Além de Renan, foi denunciado também o deputado Aníbal Gomes. O motivo é o recebimento de propina no valor de R$ 800 mil e lavagem de dinheiro mediante doações oficiais da empreiteira Serveng. Em troca, os parlamentares, de acordo com Janot, ofereceram apoio político para manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras e este praticou os atos necessários que a Serveng participasse de licitações na empresa pública.

Segundo as investigações, o diretor comercial da Serveng, Paulo Twiaschor, também denunciado por ter feito doações ao Diretório Nacional do PMDB: R$ 500 mil em agosto de 2010 e R$ 300 mil em setembro do mesmo ano. O interesse da empreiteira era participar de licitações mais vultosas na Petrobras, o que foi viabilizado a partir do começo de 2010. A denúncia informa que esses valores seguiram do Diretório Nacional do PMDB para o Comitê Financeiro do PMDB/AL e deste para Renan Calheiros, mediante diversas operações fracionadas, como estratégia de lavagem de dinheiro.

O apoio do PMDB para a manutenção de Paulo Roberto Costa na Diretoria de Abastecimento, incluindo o do senador Renan Calheiros, foi confirmado em colaboração premiada por Alberto Youssef, Fernando Falcão Soares e Delcídio do Amaral, de acordo com os investigadores.

Pedidos

A denúncia oferecida no Inquérito 4216 pede a condenação de Renan Calheiros e Aníbal Gomes pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além da perda das funções públicas. Paulo Twiaschor é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro. O PGR também quer a reparação dos danos materiais no valor mínimo de R$ 800 mil e de R$ 800 mil para os danos transindividuais causados, equivalente ao valor da propina.

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