Janot diz que entregará todos os depoimentos antes do recesso
Judiciário retorna das férias apenas em fevereiro
publicidade
Na última quinta-feira, Janot se reuniu com o presidente Michel Temer em seu gabinete. O procurador-geral também disse a interlocutores que o ministro Teori, relator dos processos da Operação Lava Jato no STF, se comprometeu que, na volta do recesso do Judiciário, marcado para o início de fevereiro, homologaria as delações. A previsão inicial do governo era de que essas homologações só aconteceriam a partir de março e o temor é que, até lá, os vazamentos continuassem a ocorrer a conta-gotas, atingindo a governabilidade.
Para colher os depoimentos dos executivos e ex-executivos do grupo, Janot designou mais 100 procuradores, além dos que já fazem parte da força-tarefa da Lava Jato, em 30 cidades do País.
Carta
Na segunda-feira, irritado com a divulgação de delação de executivos da Odebrecht, Temer encaminhou a Janot uma carta pedindo ao procurador "celeridade" na conclusão de investigações em curso. Pediu ainda que as delações premiadas fossem finalizadas "o quanto antes", divulgadas "por completo" após serem remetidas ao juízo competente para análise e eventual homologação. Criticou também a divulgação "ilegítima" de informações por meio de vazamento, que, segundo ele, estariam atrapalhando as ações do governo e a retomada do crescimento, além dO provocar fuga de investidores.
Temer, que a princípio pensou em tirar recesso a partir da semana que vem, adiou seus planos e permanecerá em Brasília pelo menos até a sexta-feira da semana que vem.