Jardel critica método do MP: "Fui estuprado"
Deputado pretende permanecer com seu mandato na Assembleia Legislativa
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“Nunca fui tão esculachado na minha vida em comunicação social, e por culpa do MP. E alguém vai ter que se responsabilizar por isso”, promete Jardel. O ex-jogador se refere ao fato de uma equipe de uma emissora de TV foi chamada para acompanhar a chegada do MP em seu apartamento. “Por que só uma TV foi levada? O lar, segundo a Constituição, é inviolável”, completa Weimann. As ações levantaram questionamentos a respeito do método usado pelo Ministério Público.
Questionado sobre se alguma liderança do PSD o procurou para prestar solidariedade, o deputado foi enfático: “Só se foi para partir a minha cabeça, que foi o que aconteceu.” Jardel também fez queixas a respeito de pessoas que se diziam seus amigos. “Todo mundo sumiu ó. A informação que eu tenho é de que o chefe de gabinete, o Roger, trocou a fechadura. E que as pessoas que chegam lá ele diz: 'Não precisa nem voltar aqui que 99% de chance de ele não ser mais deputado.'
Jardel disse que pretende permanecer com seu mandato na Assembleia Legislativa. “Você acha que eu vou deixar tomarem o meu mandato? Ninguém vai tomar o meu mandato. Desta maneira não. O doutor Amadeu vai provar que eu sou inocente.”
Há uma decisão judicial, concedida pelo desembargador Newton de Leão, do Tribunal de Justiça, determinando o afastamento do parlamentar de suas funções por 180 dias. A determinação ocorreu após solicitação do Ministério Público do RS, que investiga Jardel desde o mês de setembro. O MP reuniu farto material documental e pretende denunciar o deputado por pelo menos quatro crimes: peculato e desvio, falsidade documental, concussão e lavagem de dinheiro.
Nesta tarde Weinmann terá audiências com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Edson Brum (PMDB), e com o corregedor da Casa, deputado Marlon Santos (PDT), para tratar da situação de Jardel. Pela manhã a procuradoria da Assembleia ingressou no Tribunal de Justiça com pedido de reconsideração a respeito da determinação do desembargador Newton de Leão. O Legislativo não está questionando o mérito das denúncias. Mas considera que a suspensão se caracterizou como ingerência entre poderes.
Confira vídeo: