Joaquim Barbosa confirma saída do STF antes dos 70 anos
Ministro negou intenção de ser candidato nas próximas eleições
publicidade
A divulgação da nota pela assessoria do STF ocorreu após a publicação da revista Veja deste ffim de semana, segundo a qual o ministro teria dito a interlocutores que pretendia deixar o tribunal após o julgamento dos embargos infringentes do processo do mensalão. A previsão inicial é que a votação desses recursos seja concluída pela Corte em abril, mês em que também termina o prazo final para o ministro se filiar a um partido e disputar as eleições deste ano.
“O presidente do Supremo Tribunal, ministro Joaquim Barbosa, ratifica que não é candidato a presidente nas eleições de 2014”, diz o trecho inicial da nota. “Com relação a uma possível renúncia ao cargo que hoje ocupa, o ministro já manifestou diversas vezes seu desejo de não permanecer no Supremo até a idade de 70 anos, quando teria que se aposentar compulsoriamente. No entanto, não existe nenhuma definição com relação ao momento de sua saída.”
A nota esclarece que Barbosa ainda não fez consulta alguma ao setor de recursos humanos do STF sobre benefícios de aposentadoria. “No que se refere a seu futuro após deixar o tribunal, o ministro reserva-se o direito de tomar as decisões que julgar mais adequadas para a sua vida na ocasião oportuna. Entende que após deixar a condição de servidor público, suas decisões passam a ser de caráter privado”, diz o texto.
Desde que ganhou visibilidade por sua atuação como relator do processo do mensalão, antes mesmo de assumir a presidência do STF, Barbosa passou a ser cobiçado por partidos. “O ministro Joaquim Barbosa não faz juízo de valor sobre nenhum dos partidos políticos brasileiros, individualmente. A respeito do quadro partidário, já expressou sua opinião no sentido da realização de uma ampla reforma política que aprimore o atual sistema. Apesar de ter tornado público seu voto nas últimas três eleições presidenciais, o presidente do STF, tribunal que é o guardião da Constituição, ratifica seu respeito por todas as agremiações partidárias, seus filiados e eleitores.”