Jucá quer votação de reforma política na Câmara antes do recesso

Jucá quer votação de reforma política na Câmara antes do recesso

Lider do governo no Senado se reuniu com deputado Vicente Cândido para definir detalhes

AE

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O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira, haver um acordo com o relator da reforma política na Câmara, deputado Vicente Cândido (PT-SP), para que ao menos parte das propostas sejam
votadas antes do recesso parlamentar. A prioridade será a criação de um fundo eleitoral com dinheiro público para financiar as campanhas do ano que vem.

Jucá e Cândido se reuniram na manhã desta terça-feira para definir os detalhes. O petista concordou com a proposta de considerar a bancada atual do Senado na divisão do fundo, estimado em R$ 3,5 bilhões. Com isso, o PMDB deve ser beneficiado e ficar com a maior parcela.

"A bancada do Senado nunca foi usada, mas faz sentido, porque 54 cadeiras serão renovadas no Senado. O PMDB tem a maior bancada do Senado, é o maior partido hoje. Tem prefeitos, governadores, senadores e deputados. Então, é justo que ele tenha um pouco a mais, um plus, na distribuição do fundo. Mas também não pode ser tanto que chegue a prejudicar os demais partidos", disse Cândido após o encontro.

Eles também acertaram que o fundo será administrado pelos partidos, que deverá destinar metade do valor para campanhas no Executivo (presidente e governadores) e a outra metade para o Legislativo (senadores e deputados).

A criação o fundo deverá ser acrescida a uma proposta de emenda constitucional (PEC) que já está em discussão na Câmara e trata de outros temas, como o sistema eleitoral vigente. Desta forma, segundo Jucá, a tramitação será mais rápida.

"Na questão do financiamento, como o trâmite da Câmara é mais difícil, é melhor que comece pela Câmara e o Senado faça seu trabalho como casa revisora", disse Jucá.

"É uma necessidade imperiosa (aprovar o fundo). A questão da forma de eleição também é fundamental. Temos que entregar uma mudança no processo político eleitoral à população brasileira. Eles têm cobrado isso. Essa reforma política tem ser para valer, tem que ser dura, tem que ser clara. E nós estamos dispostos a aprovar isso", disse Jucá.

Segundo Cândido, ele vai consultar líderes partidários para tentar colocar em votação até amanhã parte do projeto que trata do tema. Ainda não há consenso se o modelo eleitoral que vai vigorar na disputa eleitoral do ano que vem será o chamado distritão, que acaba com o quociente eleitoral, ou o modelo atual, mas com alguns ajustes.

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